Decorreu de 18 a 21 de Abril. 100 peregrinos caminharam pela paz, entre a igreja do Senhor dos Navegantes, no Parque das Nações (Lisboa), e o Santuário de Fátima.

Profunda espiritualidade, são convívio entre militares e polícias de patentes e postos muito diferentes, entreajuda fraterna, reservar um lugar primordial para Deus nas suas próprias vidas: eis as grandes características desta peregrinação que, ano após ano, constitui um êxito assinalável. De tal forma que os cem lugares disponíveis são sempre mínimos em relação a quantos se desejavam inscrever.

A peregrinação começou com uma celebração de bênção e envio. Com a presença de todos os Capelães Adjuntos, D. Manuel Linda agradeceu aos peregrinos o testemunho público de fé que se preparavam para iniciar: “Quem vos vir passar não sabe que sois militares ou polícias. Não obstante, saberão que sois crentes e reservais um lugar importante para a fé nas vossas vidas. E isso questionará as pessoas”.

Já no santuário de Fátima, na Missa habitual da Capelinha das Aparições, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança partiu dos textos bíblicos do dia para afirmar a necessária primazia de Deus: “Hoje, como no tempo de São Pedro, temos de repetir a certeza fundante da nossa fé: «Não existe outro Nome pelo qual possamos ser salvos que não seja o do Senhor Jesus Cristo». Em síntese, foi também esta a mensagem que ecoou aqui, na Cova da Iria, há cem anos: o mundo rejeita Cristo, mas só Ele é a «pedra angular» sem a qual não se edifica a sociedade plenamente humana. Os futuros santos, Francisco e Jacinta Marto, compreenderam isto muito bem, a ponto de o primeiro quase não querer sair de junto do sacrário, pois só o «Jesus escondido» pode salvar, e a irmã Jacinta oferecer sacrifícios sobre sacrifícios para que «os pecadores» -isto é, os que não reconheciam Jesus como Salvador- aceitassem esta verdade que, para ela, era evidente. Sim: há dois mil anos, há cem anos, hoje e sempre, o único salvador é Jesus Cristo. E vós, caros peregrinos, afirmastes isto mesmo, não com palavras, mas com o sacrifício da vossa peregrinação”.

Acompanharam os peregrinos os capelães Padres Licínio e Leonel e os Capelães Adjuntos celebraram a Eucaristia diária e atenderam de confissão.