Integrado na visita que o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas efectuou à República Centro Africana, D. Rui Valério presidiu, no sábado passado, 13 de abril, à Celebração Pascal com os militares lá destacados.

A Cerimónia aconteceu na Capela do Campo Militar e foi participada por muitos militares portugueses.

D. Rui apresentou saudações e cumprimentos de Portugal, manifestando-lhes o imenso orgulho da Nação pela Missão que eles desenvolvem em prol da paz.

Na homilia focalizou a sua reflexão na Espiritualidade Pascal “que nos convida a contemplar e a celebrar o Cristo que fez da doação, da entrega e do sacrifício da sua vida o modelo da sua existência; para Jesus ser é ser-para-os-outros, viver é viver-para-os-outros.

No entanto, continuava, “é a Ressurreição, a vitória da Vida sobre a morte, que é o grande anúncio Pascal. Aí reside a novidade estabelecida por Cristo: que o homem não é um ser para a morte, mas um ser para a vida e para a eternidade. Reside aqui a essência da nova humanidade que se concretiza e realiza desde logo na Força da Paz, onde todos nós vamos alcançar o sentido da nossa vida quotidiana. É por isso que a nossa vocação de pessoas e de militares se alcança através da entrega incondicional em prol da Paz. Porque somos seres-humanos e militares a nossa razão de existir é construir a Paz, iluminados pela Luz e pela Palavra de Cristo Ressuscitado, norteados pela inspiração do Amor.”

O prelado fez ainda alusão às duas grandes Imagens que se destacam na Capela: a Imagem da Última Ceia e a de S. João Paulo II.

Aproveitou para referir que “a Eucaristia e o Sacerdócio são dons incomensuráveis e concretos que Deus nos oferece ao mesmo tempo que são autênticos Sacramentos da sua proximidade a nós e geradores também da proximidade de uns com os outros. É por isso que na Eucaristia nos sentimos todos unidos, em comunhão profunda, mesmo estando distantes e através dos Sacerdotes, dos nossos Capelães, verdadeiros mediadores, somos trazidos à presença de Deus pela sua oração e pelos actos sacramentais que realizam.”

Concluia invocando a proteção de S. João Paulo II, de Nossa Senhora e de Cristo Resuscitado para todos os militares que integram aquele Contingente Português na RCA e para todos os militares portugueses que se encontram em Missão no estrangeiro, longe das suas famílias.