Como é tradicional, no dia 2 de Novembro, a família da Força Aérea juntou-se para sufragar os seus defuntos, aqueles que muito contribuíram para este prestigiado Ramo seja o que é. A celebração aconteceu na sua Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Benfica. Presentes o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, o Chefe da Casa Militar da Presidência da República, diversos antigos CEMFA’s, vários oficiais generais, incluindo representantes da Marinha, Exército e Guarda, oficiais, sargentos, praças e civis que lotaram completamente esta grande igreja.

Para além do estandarte nacional, estavam presentes os guiões de todas as Unidades, Órgãos e Serviços da FA, o costumado terno de clarins e guarda de honra ao altar. Os cânticos estiveram a cargo do Coro da Academia da Força Aérea, este ano bastante aumentado. No final, D. Manuel Linda, que presidiu, enalteceu estes elementos tão tipicamente militares que muito dizem às pessoas, particularmente quando as celebrações são televisionadas.

Na homilia, o presidente da assembleia desenvolveu três pontos: que esta celebração, sem ser festiva, também não é mórbida, pois tem de ser relacionada com a de Todos os Santos para descobrir que a nossa meta é a vida em plenitude no reino de Deus; que este é um dia de recordação, absolutamente indispensável numa sociedade que até se esquece dos vivos e dos familiares e muito mais dos defuntos, como se estes não merecessem uma flor, uma lágrima, uma oração balbuciada; e que este é também o dia da sabedoria, pois esta ajuda-nos a colher das experiência da vida e descobrir que a força e o vigor não duram sempre.

A este propósito, o senhor bispo afirmou: “Ao olharmos, por exemplo, para os nossos pais, vemos que foi a sua força que protegeu a nossa debilidade quando éramos bebés. Agora, são eles os fracos e nós, para já, os portadores da força. Mas, evidentemente, a fraqueza maior é a da morte. E aí, nenhuma pessoa é suficientemente forte para poder fazer alguma coisa pelo outro. Mas é-o Jesus Cristo. É Ele que estende a mão e nos chama para junto d’Ele. E como que nos diz: «Por ti, eu passei pela morte para que tu possas viver a plenitude da vida eterna. Dá-me a mão. Vem comigo para o paraíso». Caros militares e civis, não neguemos a nossa mão a essa Mão que vem ao nosso encontro para nosso benefício”.