Nos dias 12 e 13 de maio de 2019, em Fátima, ocorreu a Peregrinação Anual dos Alunos da Academia Militar (AM).

Os Cadetes da AM quiseram assinalar, desde 1949, a primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário às três crianças simples e humildes da Cova da Iria. Também desde essa data a AM, em colaboração direta com os Servitas e com a Reitoria do Santuário, tem desempenhadoum papel ativo no apoio aos peregrinos durante a sua concentração no recinto de Fátima. Este ano cerca de sete dezenas de alunos e alguns oficiais cumpriram a tradição, de forma viva, ajustando-se dinamicamente às novas circunstâncias.

As razões, as emoções e o sentir de cada pessoa, na multidão de milhares, eram manifestados em longos silêncios, no desfiar das contas do rosário, em olhares pejados de lágrimas, nos cânticos propostos e no acompanhamento das orações.

O cansaço, o tempo, a incomodidade… nada afastou diferentes gerações, estatutos socioeconómicos diversos, graus de instrução díspares, grupos de mais de três dezenas de países, gente das mais distintas proveniências e profissões de convergirem, na interioridade e na interação exterior. O Céu e a Terra tocam-se, o diálogo instala-se, a compreensão e aceitação das diferenças concretizam-se… Uma Mãe que leva ao seu Filho as preces mais profundas de cada ser humano presente. Uma fé que dá alento, força e ânimo ao interior de cada um, no caminhar tantas vezes desgastante da vida. Uma mensagem que alimenta a esperança no meio dos destemperos e excessos da história. Um alimento que tonifica para os desafios da existência. Uma Humanidade cujo amor transforma e converte em convergência e entendimento.

Os Alunos da AM irromperam por entre esta multidão, por entre esta densidade de quem traz a vida para este encontro, com a Senhora de Fátima aos ombros, abrindo alas para que fossem socorridos os peregrinos mais exaustos, acompanhando de perto quem distribuía o Alimento para o caminho (Sagrada Eucaristia), levando ao altar as oferendas, apoiando e servindo a ordem e a harmonia nos episódios mais inopinados.

Ficam muitas aprendizagens de vida. Processam-se diferentes reflexões. Rostos, lágrimas, sorrisos, lenços de despedida não deixam de “marcar” e de tornar difícil a descrição em palavras.

Se há aprendizagens para o futuro? Sim! Muitas! O devir do tempo certamente dará eloquente sentido às vivências de 12 e 13 de maio de 2019.