A 4 de Maio, celebrou-se solene Missa de Acção de Graças pelo 106.º aniversário da Guarda Nacional Republicana e de sufrágio pelos seus mortos. Presidida pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança e concelebrada por capelães da Guarda, foi participada por largas dezenas de militares e civis que enchiam a Basílica dos Mártires (Lisboa): o General Comandante Geral, o 2.º Comandante Geral, Oficiais Generais, Oficiais, Sargentos, Guardas e Civis pertencentes a Unidades sediadas na área de Lisboa.

Numa alusão à cerimónia militar que, no dia anterior, tinha decorrido na Praça do Império, presidida pelo Presidente da República, o Capelão Chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Guarda, na introdução, referiu o seu significado: “Ao evocarmos e celebrarmos a fé, celebramos os valores da pessoa que a Guarda defende. Depois da cerimónia de ontem, com a qual, com o todo o brilhantismo, revelou a sua vitalidade, a Guarda recolhe-se em oração de acção de graças pelo seu longo e rico passado e pelos valores que enformam a sua natureza e missão e pelo bem que realiza todos os dias, através das suas múltiplas actividades em Portugal e no estrangeiro, em terra e no mar. E ora pelos seus mortos, por aqueles que, em vida, ligaram o seu nome ao imenso bem que chega à sociedade portuguesa por intermédio da Guarda”. E nomeou os 22 militares falecidos na situação de activo desde o último aniversário.

Na homilia, D. Manuel Linda referiu o mistério de Deus como a grande referência da actuação. E concretizou: “Seja na prevenção, seja na fiscalização, investigação ou mesmo na necessário repressão, a Guarda socorre-se de uma referência objectiva: a lei e as normas que deve aplicar para o bem comum da sociedade. Mas há uma outra referência que funciona de forma bem mais global e exemplar: Deus. Com Ele aprendemos que a verdade e o bem podem ser levados à sociedade com bonomia, misericórdia, caridade, simplicidade, vontade de bem servir, etc. E que, sem discriminações injustas, podemos abrir o coração a uma especial sensibilidade pelo pobre, por todas as pobrezas, sejam elas materiais, morais ou sociais. É o que nos ensina, também, Nossa Senhora, a quem vós e eu tanto queremos, seja com o título de Senhora do Carmo, Padroeira da Guarda, seja como Senhora de Fátima: ela ensina-nos que estando do lado de Deus ficamos com mais capacidade de estar do lado dos irmãos”.

A celebração contou com a preciosa participação do coro da Guarda, sob a direcção do Sargento-Chefe Alberto Sousa.