Grande novidade deste ano: Congresso sobre a paz e o futuro da humanidade. Com o Presidente da República e Ministro da Defesa Nacional
Como não poderia deixar de ser, neste centenário das aparições de Fátima e da participação de Portugal na frente europeia da primeira grande guerra, a exemplo do Papa Francisco, peregrino entre os peregrinos pela causa da paz, um dos pontos mais altos do presente ano pastoral será constituído por um Seminário sobre a paz e pela Peregrinação a Fátima.
Razão de ser
A «mensagem de Fátima» interliga-se absolutamente com a paz: as aparições acontecem no auge da “carnificina inútil” da primeira grande guerra; a primeira visão é a de um anjo que a si mesmo se define como o “Anjo da Paz”; Nossa Senhora pede muitas vezes que se reze para obter o fim da guerra e o dom da paz; e na última aparição promete que “a guerra vai acabar”, embora acene a uma outra “ainda pior” se as pessoas não se converterem.
Neste contexto, a Assistência Religiosa às Forças Armadas e às Forças de Segurança não poderia ficar indiferente a esta mensagem e promove um Seminário, como proposta de reflexão, em ordem ao compromisso, por parte daqueles que se poderiam definir como «os verdadeiros profissionais da paz».
Objectivos
Pretende-se, fundamentalmente, atingir dois objectivos: valorizar a tradicional peregrinação militar nacional a Fátima, internacionalizá-la e divulgar a mensagem da Cova da Iria; e desenvolver e aprofundar uma específica mentalidade de paz entre os agentes mais responsáveis pela sua obtenção, promoção e defesa (políticos, militares e polícias).
Por este motivo, foram convidados todos os Ordinários Militares (bispos que, nos diferentes países do mundo, acompanham pastoralmente os militares e polícias), representantes de todas as Conferências Episcopais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e outros sectores pastorais castrenses.
Participantes
Não é necessária inscrição: apenas é necessário saber quais as entidades presentes, por motivos protocolares. Conta-se, pois, com militares, agentes de segurança e dirigente políticos, culturais e sociais; embaixadores, adidos militares e representantes de organismos internacionais; bispos da lusofonia que acompanham pastoralmente o sector da Defesa e da Segurança; Ordinários Militares, especialmente dos países membros da OTAN; cadetes das Academias Militares (AM, EN e AFA) e dos outros estabelecimentos de Ensino Superior Militar e Policial (IUM e ISCPSI); representantes de outras religiões e cultos.
Para além de Suas Excelências o Presidente da República e o Ministro da Defesa Nacional, também já confirmou presença Sua Excelência a Ministra da Administração Interna.
Em Fátima
Como vem a ser dito, este Seminário insere-se no âmbito mais vasto da 37ª Peregrinação Militar Nacional a Fátima, e 1ª Peregrinação Internacional, que decorre nos dias 1 e 2 de Junho. Qualquer cristão pode participar nela. Eis o programa:
– Dia 1 (Quinta): 17h30, Via-sacra, nos Valinhos, “catequese do centenário” e confissões; 21h30, recitação do terço e procissão eucarística.
– Dia 2 (Sexta): 10h00, saudação a Nossa Senhora e procissão para a basílica da Santíssima Trindade; 11h00, Missa de encerramento.
Programa do Seminário
– 10h00 – Sessão de abertura, presidida por Sua Excelência o Senhor Ministro da Defesa Nacional;
– 11h30 – Conferência “Fátima: profecia e actualidade”, por D. António Marto, Bispo de Leiria/Fátima, com moderação do Núncio Apostólico em Lisboa;
– 13h00 – Almoço;
– 14h30 –Mesa-redonda, seguida de debate, sobre o tema: “As religiões, a guerra e a paz. Actualidade de um tema”, moderada por Sua Excelência o senhor Secretário de Estado da Defesa Nacional, com os seguintes intervenientes: D. Jorge Pina Cabral, Bispo da Igreja Lusitana, de Comunhão Anglicana; D. Sifredo Teixeira, Bispo da Igreja Evangélica Metodista Portuguesa; Coronel Nuno Lemos Pires, Comandante do Corpo de Alunos da Academia Militar e especialista neste tema.
– 16h00 – Sessão de Encerramento, presidida por Sua Excelência o senhor Presidente da República.
Do Concílio Vaticano II
“A paz não é ausência de guerra; nem se reduz ao estabelecimento do equilíbrio entre as forças adversas, nem resulta duma dominação despótica. Com toda a exactidão e propriedade ela é chamada «obra da justiça» (Is. 32, 7). É um fruto da ordem que o divino Criador estabeleceu para a sociedade humana, e que deve ser realizada pelos homens, sempre anelantes por uma mais perfeita justiça. […] Por esta razão, a paz nunca se alcança duma vez para sempre, antes deve estar constantemente a ser edificada” (GS 79).