A 59ª Peregrinação Militar Internacional a Lourdes decorreu de 19 a 21 de Maio. Nela participaram mais de 12.000 militares e suas famílias, de mais de 40 países. Portugal fez-se representar por cerca de 250 peregrinos.
Este ano, a coordenação foi da Força Aérea. O delegado de Suas Excelências o Ministro da Defesa Nacional e do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas foi o GEN Sílvio Sampaio. Da FA eram também os porta-estandarte e guarda de honra, o coro dos cadetes da AFA, bem como dez elementos da banda, com o seu Maestro titular, os quais, com os seus «concertos» improvisados, constituíram uma verdadeira atracção, muito apreciada e filmada.
Participaram elementos de todos os Ramos e Forças de Segurança. De registar, também, a presença, pela primeira vez, de uma dezena de Polícias da Autoridade Marítima Nacional, aliás com o seu Director-Geral, ALM Sousa Pereira. Como personalidades estrangeiras, registo para a Presidente da República da Croácia e para Carolina de Hanôver, Princesa do Mónaco.
Este ano, chamaram a atenção três dados: a presença de muçulmanos, como sinal de boa vontade; saltos em pára-quedas, como expressão de festa e de alegria; e um maior número de cadetes e, fundamentalmente, de alunos dos estabelecimentos de ensino secundário ligados ao meio militar. Neste aspecto, Portugal constituiu excepção, pois não têm participado alunos do Colégio Militar e do Instituto dos Pupilos do Exército.
Esta Peregrinação concilia uma forte espiritualidade (a empolgante cerimónia de abertura, Missa para a delegação portuguesa e confissões, via sacra, procissão das velas e Missa de encerramento) com um ar de festa e convívio. Aliás, foi também para isto que a Peregrinação nasceu: para proporcionar reencontro, contacto e camaradagem entre exércitos que se digladiaram na segunda grande guerra.
O espírito deste evento pode encontrar-se nas palavras da homilia do Presidente, o bispo francês das Forças Armadas e de Segurança, Mons. Luc Ravel: “É um sinal espantoso que os «homens da guerra», os soldados de mais de quarenta países, se juntem para rezar pela paz. Mas precisamente porque eles conhecem bem a dor da morte e do sofrimento, eles sentem necessidade, mais do que os outros, de se reunirem junto de Maria, com as suas preocupações, para pedirem a paz”.
A 60º PMI terá lugar nos dias 18, 19 e 20 de Maio e será presidida pelo Card. Pietro Parolin, o «número dois» do Vaticano.