No próximo Sábado parte para a Israel, via Frankfurt, um grupo de oitenta peregrinos que constituem a I Peregrinação do Ordinariato Castrense à Terra Santa.
Com eles irá o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança que apelou aos sentimentos de fé por parte dos participantes, um número que excedeu todas as expectativas. E como muitas pessoas não se puderam inscrever, devido à inexistência de vagas, é possível que se tenha de organizar outra, lá para o Outono. Eventuais interessados podem realizar o pré-registo, desde já, sem qualquer compromisso, na Capelania Mor (telefone nº 213 038 642 ou pelo email: capelania.mor@defesa.pt).
Eis a mensagem de D. Manuel Linda para esta peregrinação:
Saudação
Caros peregrinos,
permitam que lhes estenda a minha mão para saudar cordialmente quantos participam nesta nossa Primeira Peregrinação do Ordinariato Castrense à Terra Santa: bem-vindos, aceitem os meus cumprimentos e os votos de boa viagem.
Peregrinar por uma história e geografia associada aos maiores acontecimentos da humanidade não deixa ninguém indiferente. Aqui se cruzam a cultura e a civilização antigas, o comércio e a passagem dos grandes Exércitos, a política e os sobressaltos das decisões humanas. Mas, fundamentalmente, por aqui passou uma nova visão da pessoa humana, uma outra noção de sociedade, uma diferente compreensão de Deus. Sim, por aqui passou Jesus Cristo, “verdadeiro Deus e verdadeiro Homem”. Teremos a história como grande referência, admiraremos a geografia, pensaremos nos grandes acontecimentos, mas não nos esqueceremos que, directa ou indirectamente, é por causa de Jesus Cristo que cá estamos.
Ora, este acto de unificar na fé todos os demais factores (turismo, convívio, cultura, curiosidades, gastronomia, etc.), denomina-se «peregrinação». Todos são muito importantes, mas, a uni-los, está uma atitude de fé. Por isso, convido-vos a realizar os três «momentos» mais típicos das peregrinações: uma ruptura com as nossas preocupações do dia-a-dia, por mais legítimas que sejam, para criarmos espaço para Deus e para os irmãos; um sentirmo-nos mais grupo e menos individualistas, ao compartilharmos as mesmas condições e formas de vida, pois é impossível viver a nossa fé fora da comunidade; uma mudança ou renovação de vida, já que os actos a realizar são sempre propiciadores desta entrada no santuário da nossa interioridade e, a partir daí, intentarmos a recriação da própria existência.
Esta nossa peregrinação acontece no centenário das aparições de Fátima. Pedimos a Nossa Senhora que nos acompanhe: ela que teve de percorrer os caminhos desta terra em condições bem mais difíceis que as nossas, seja agora a nossa guia e nos acalente o coração para amarmos a Jesus como ela O amou e abrirmos os ouvidos para O escutar como ela O escutou.
Boa peregrinação!
+ Manuel Linda
Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança