A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima continua a ser festivamente recebida em várias Unidades militares
Visita da Imagem Peregrina
A “Mãe de misericórdia” é penhor de “vida, doçura”
Há dias, alguém gracejava: “Parece que Nossa Senhora se sente bem nos quartéis”. Ao que outra pessoa ajuntou: “Pudera! Os militares também gostam muito dela”. Este diálogo poderia sintetizar a recepção da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, no passado dia 7 de Janeiro, em quatro Unidades militares da zona do Entroncamento/Tancos.
No regimento de Manutenção
Logo pela manhã, o Comandante, Cor. João Paulo Pereira da Silva, o seu Estado-Maior e os muitos cristãos que assim o desejaram, concentraram-se à porta de armas do Regimento de Manutenção, no Entroncamento, para a recepção festiva da imagem peregrina. Em procissão, foi conduzida a um pavilhão, onde decorreu uma celebração mariana. O bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança realçou o valor simbólico de uma Unidade que abre as portas a um símbolo religioso, tal como abre as portas à sociedade civil que serve. E incentivou todos a uma outra «abertura»: ao amor de Deus e ao amor fraterno, a exemplo de Nossa Senhora que O acolhe e se preocupa com connosco de forma tão concreta, a ponto de pedir a seu Filho que faça o milagre da transformação da água em vinho, como nos conta o relato bíblico lido nessa celebração.
Na Brigada de Reacção Rápida
No início da tarde, foi a vez da Brigada de Reacção Rápida receber, no seu Comando, a ilustre visitante. Como era previsível, a imagem era aguardada por um elevadíssimo número de militares e civis, com o seu Comandante, Gen. Carlos Alberto Perestrelo, à frente, bem como o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Dr. Fernando Freire.
Foi celebrada a Missa votiva de Nossa Senhora num espaço simbólico: precisamente no hangar onde se verificam as condições de segurança para os saltos em pára-quedas. Na homilia, D. Manuel Linda falou da Mulher e da Mãe que é Nossa Senhora: enquanto Mulher, é como que símbolo da humanização e da ternura, verdadeiros motores da felicidade no mundo; como Mãe, é Aquela que nos toma nos braços e, qual pára-quedas seguro, não nos deixa cair no pessimismo, na violência ou na selvajaria, mas nos conduz a Deus.
No Regimento de Engenharia Nº 1
Também o Comandante do RE1, Cor. Eng. João Manuel Pires, foi à porta de armas receber a imagem da Senhora de Fátima, tal como acontece com as altas entidades. Aí mesmo se organizou um cortejo até à belíssima capela onde aconteceu uma celebração litúrgica.
Na homilia, o Ordinário Castrense para Portugal, ligou a mensagem das aparições de Fátima, cujo centenário se prepara, com o tema da misericórdia, referência ao actual Ano Jubilar. E sintetizou: “Começamos essa oração, tão bela, conhecida por «Salve, Rainha» chamando a Nossa Senhora a Mãe da Misericórdia. Mal iria que apreciássemos a misericórdia na Mãe de Jesus e a desprezássemos na nossa vida. Convido, pois, todos os cristãos do RE1 a distinguirem-se nisto: exprimirem, até ao mais alto grau possível, a misericórdia como timbre do seu coração e do seu relacionamento social, concretamente na sua família de sangue e com os camaradas, no seu Regimento”.
No final, em nome de todos, uma militar, emocionada, depôs um ramo de flores aos pés da imagem e fizeram-se algumas fotos de grupo.
Boa relação entre a Igreja e o Exército
A ida da imagem peregrina a estas Unidades militares só foi possível pela amável permissão da Vigararia do Entroncamento, da Diocese de Santarém, a quem se agradece. Os sacerdotes dessa zona pastoral participaram sempre nas diversas celebrações no interior das Unidades militares, exprimindo, assim, a boa relação que existe entre a Igreja e as Forças sediadas nesta área.
Presidiu a todas as celebrações o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, acompanhado pelo Capelão Adjunto do Exército, P. Jorge Matos. São capelães destas Unidades os Padres José Manuel Costa e Constâncio Gusmão.