Apresenta-se um modelo de celebração para esta terceira semana de Advento.
1. Ambientação
A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes sofrimentos […]. No pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos.
2. Reflexão
Cremos que não existe “guerra justa”. Com demasiada frequência, a “teoria da guerra justa” foi utilizada para respaldar e não para prevenir ou limitar a guerra. […]
Necessitamos de um novo quadro de referência que seja consistente com a não-violência evangélica. Um outro caminho vai-se desenvolvendo claramente no recente ensinamento social católico. O Papa João XXIII escreveu que a guerra não é um meio apropriado para restaurar direitos; o Papa Paulo VI associou paz e desenvolvimento e disse à ONU “nunca mais a guerra”; o Papa João Paulo II disse que “a guerra pertence ao passado trágico, à história”; o Papa Bento XVI disse que “amar o inimigo é o núcleo da revolução cristã”; e o Papa Francisco disse que “a verdadeira força do cristão é o vigor da verdade e do amor, que requer a renúncia a toda a violência. Fé e violência são incompatíveis”. Ele também pediu veementemente a “abolição da guerra”.
Propomos que a Igreja Católica desenvolva e considere a mudança para uma perspetiva de Paz Justa baseada na não-violência evangélica. A perspetiva da Paz Justa oferece uma visão e uma ética para construir a paz assim como para prevenir, reduzir e curar o dano causado pelo conflito violento. Esta ética inclui o compromisso com a dignidade humana e com umas relações florescentes, com critérios, virtudes e práticas específicas para guiar as nossas ações. Reconhecemos que a paz exige justiça e a justiça exige a construção da paz.
3. Gesto de Paz
AGIR: Acende-se a TERCEIRA VELA da Coroa do Advento.
Ao acendermos a terceira vela da Coroa do Advento, digamos não à violência em todas as suas formas, no nosso agir diário.
PROPOSTA: Junte-se a dezenas de milhares de pessoas que procuram construir a paz no nosso país e em todo o mundo: participe em algumas das ações propostas e/ou proponha uma ação (um debate, uma conferência, um acto de solidariedade com vítimas de violência, etc.), a realizar na sua comunidade, na sua escola, na sua organização…
4. Oração
1. Senhor, Deus da Paz e da Não-violência, escuta a nossa súplica! Abre os nossos olhos e os nossos corações e dá-nos a coragem de dizer: “nunca mais a guerra”; “com a guerra, tudo fica destruído”! Infunde em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.
Todos: Escuta, Senhor, a nossa súplica e guia-nos no caminho da não-violência!
5. Bênção
1. Que o Deus forte, que se manifestou como menino e se mostrou a nós como Aquele que nos ama e por meio de quem o amor há-de triunfar, nos faça compreender que, unidos a Ele, devemos ser artí-fices de paz e apóstolos da não-violência.
Todos: Ámen.