A memorável peregrinação do Papa Francisco à Cova da Iria constituiu um êxito em grande parte devido aos militares, mormente à Força Aérea.

Após as protocolares apresentações de cumprimentos, na Base Aérea Nº 5, de Monte Real, o Papa Francisco entrou no mundo que é o seu: o do contacto pastoral directo com as pessoas. E o Papa admirou-se com a moldura humana e a simpatia que lhe foi devotada no percurso entre o local onde se reuniu com o Presidente da República e a Capela. E fez vários comentários ao Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, que o acompanhou. Chamou-lhe a atenção, fundamentalmente, o número de crianças presentes, muitas das quais ao colo das mães, por serem ainda bebés. E também o encanto e a ternura dos três figurantes dos Pastorinhos. Francisco teve gestos de carinho para com as crianças doentes e chegou a brincar com duas bonecas que uma delas tinha ao colo.

À saída da capela, não obstante a contínua «pressa» que a segurança vaticana sempre lhe incutia, parou vários minutos para escutar uma «Avé Maria» que o Coro dos Cadetes da Academia da Força Aérea lhe dedicou. E, mais uma vez, o Papa desabafou o seu contentamento pelo facto de os executores musicais virem a ser os futuros Comandantes da Força Aérea.

No regresso, entre a Capela e a placa onde entrou para o helicóptero, notou-se uma Papa ainda mais descontraído. Como as crianças tinham um certo receio reverencial de se aproximar, era o próprio Papa quem lhes fazia gestos de aproximação. E muitas agarraram-se ao seu pescoço, como se abraça um avozinho querido.

Muitas pessoas que acompanharam esta etapa pela televisão são de opinião de que ela constituiu a «surpresa» da peregrinação, porquanto, em Fátima, era expectável o que lá aconteceu. Isto é, muita gente não imaginava que os militares e suas famílias dedicassem ao Papa tanta afectividade e ternura. Porventura, formavam a ideia do meio militar como frio, hierárquico, formal.

Mas, como se demonstrou, mormente na despedida, no dia 13, os militares «têm coração». E fé. De resto, se não fossem eles, as coisas não poderiam ter corrido como correram. Está de parabéns toda a Força Aérea, mas seja permitido especificar o inegável trabalho coordenador do Comandante da Base, COR João Caldas, e do Capelão, P. Manuel Silva.

Também a Base Aérea Nº 6, do Montijo, onde estão localizados os meios de transporte aérea, prestou a mesma colaboração exemplar

Para a história, ficam aqui imagens a que a grande comunicação social não teve acesso, referentes ao transporte dos «papamóveis» e da preparação do helicóptero usado por Sua Santidade.

Foi um C130 da FA que transportou o «Papamóvel» entre Roma-Monte Real-Roma

 

Pelos vistos, entre os Capelães da Força Aérea, há «vocações» para Papa

 

Confirma-se a vocação anteriormente referida…

O P. Jorge Almeida, capelão da BA6, junto do helicóptero usado pelo Papa