O Superintendente-Chefe Pedro Clemente fez-nos chegar este precioso testemunho que se anexa. Outros contributos são bem-vindos.
Um dia… Já hora avançada da tarde: um centurião romano procurou a Jesus de Nazaré, por ter o seu criado estimado à beira da morte (Mateus 8:6) – Jesus curou-o numa só palavra: fê-lo por nunca antes ter achado tamanha fé em Israel (Lucas 7:9): perante a impotência da medicina, manifestou-se a misericórdia de Deus. (Entre) Deus ou nada – na feliz expressão do cardeal Robert Sarah –, o centurião optou pela fé em Cristo. Tudo sucedeu após o Sermão do Montanha: a proclamação das bem-aventuranças ao povo: felizes os obreiros da paz (Mateus 5:9).
Quem era?
Quase nada se sabe dele. Era um gentio, um oficial militar romano – o sexto na cadeia de comando da legião; comandava a guarnição militar de Cafarnaum na Galileia ao serviço do tetrarca Herodes Antipas (20 a.C. – 39), assegurando a polícia local. Embora representasse à potência ocupante, amava Israel e construíra a sinagoga local (Lucas 7:4), onde Jesus pregou a boa-nova (Marcos 2:21). E ousou a apelar a Jesus – fê-lo então com palavras parcas, mas incisivas – à militar – e tornou-se, assim, o primeiro não judeu a acreditar em Cristo. Este encontro do centurião com Jesus fez Cafarnaum a terra do consolo e porta do céu para os gentios.
O seu nome?
Desconhece-se! Talvez, seja o nome de cada crente: militar, gendarme ou policial. Contudo, a sua fé abriu a salvação aos gentios (Mateus 8:11); ainda hoje, desafia cada um a segui-lo até à casa do Pai. O seu rasto perdura…
Saibamos nós inspirar-nos nele – o primeiro de todos nós dar um sentido sobrenatural à vida, enfim, a ser anjo da guarda na Terra: “Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto.” – nas palavras iluminadas de São Josemaría (Caminho:1).
Além disto, o Evangelho di-lo melhor…
Pedro Clemente
Superintendente-Chefe