Partiram hoje, quinta-feira 11 de maio, para França, cerca de 140 peregrinos portugueses para participar na 63ª Peregrinação Militar Internacional a Lourdes
Com o Tema « … que l’on bâtisse ici une chapelle… », – « … que se construa aqui uma capela… », apelo de Nossa Senhora a Santa Bernadette Soubirous numa das suas aparições, a Peregrinação Militar ao Santuário de Lourdes realiza-se, este ano, entre os dias 12 a 14 de maio.
A insígnia escolhida para esta 63.ª PMI a Lourdes, que será a ilustração do crachá que todos os peregrinos receberão, foi desenhada pelo Sargento Chefe Joaquim Marçalo, vice-chanceler da Cúria Castrense, e que já há alguns anos faz parte da Delegação Portuguesa presente neste evento.
Este ano a Ministra da Defesa Nacional, Doutora Helena Carreiras, faz-se representar pelo Ajudante-General do Exército, Tenente-General Hermínio Teodoro Maio, e a representação oficial portuguesa cabe ao Exército.
A Cerimónia de Abertura Internacional acontecerá na Basílica de S. Pio X sexta-feira às 21h00m.
Sábado de manhã, às 8h30m, os Peregrinos Portugueses iniciarão um desfile que os conduzirá à Capela de Notre Damme. Lá, depois de um momento de Reconciliação, participarão numa Missa presidida pelo Ordinário Castrense para Portugal, D. Rui Valério, e concelebrada pelos capelães militares, que, juntamente com ele, acompanham os Lusos nesta Peregrinação.
Depois desfilarão para a esplanada do Santuário Mariano onde será feita a tradicional Fotografia de Grupo, momento que antecede a Via-Sacra, ainda da parte da manhã.
À noite, às 21h, será a Procissão de Velas e Recitação do Rosário em diversas Línguas.
Domingo a Basílica de S. Pio X acolherá os peregrinos de todas as representações numa Cerimónia Internacional presidida por Monseigneur Antoine de Romanet, Bispo da Diocèse aux Armées Françaises.
Foi em 1947, que o padre francês André Besombes, pároco em Toulouse, convidou o padre alemão Ludwig Steger (da diocese de Rottenburg), que esteve prisioneiro próximo de Toulouse, a acompanhá-lo à gruta de Lourdes. Os dois sacerdotes tinham sido capelães militares, respectivamente, da França e da Alemanha, na 2.ª Guerra Mundial. Este acontecimento foi a origem da Peregrinação Militar Internacional, que teria a sua “Inauguração” onze anos mais tarde, em 1958, altura em que o Padre Steger, prosseguindo as suas funções de capelão, na Alemanha, arrastou consigo um grande número de militares alemães – seria a 1.ª Peregrinação Militar Internacional a Lourdes, que ganhava cada vez mais o sentido de um lugar de Paz e de Reconciliação entre Pátrias e Militares. Lembremos que a reunião preparativa da Peregrinação Militar Internacional teve lugar, quatro vezes, na Alemanha, após 1958. Nesses encontros estiveram presentes os representantes dos vários grupos linguísticos da Europa, prevendo o que de melhor deveria ocorrer na peregrinação seguinte. E, desta forma, sem darmos por isso, chegamos à 63ª Peregrinação Militar Internacional.