O Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança abriu Seminário dedicado ao tema na Academia Militar.

O Ordinário Militar para Portugal destacou hoje, na Academia Militar, na Amadora, a importância da mensagem de Fátima para a busca e a preservação da paz no mundo. Na intervenção de abertura do Seminário ‘Paz e Futuro da Humanidade’, D. Manuel Linda salientou que 100 anos depois “Fátima afirma-se como o maior contributo do catolicismo português para a nova ordem mundial que se pretende”.

A primeira grande guerra é, apenas, um ponto de chegada no ódio, na ferocidade, nas trevas proclamadas no século anterior. E sabemos bem até onde levou: à «carnificina inútil» de uma sociedade que se aniquila e autodestrói”, declarou D. Manuel Linda. “Cada vez mais historiadores apontam a grande guerra como ponto de chegada do positivismo, do naturalismo, do ateísmo e do agnosticismo largamente difundidos e «impostos» na Europa do século XIX”, advertiu.

Em contrapartida, a mensagem de Fátima coloca-se como antípoda dessa mentalidade: “É no mistério de Deus e do seu amor que se sela uma nova época na história humana: só o amor constrói sociedade, só ele gera fraternidade, só ele garante o bem comum, expressão da alegria e do contentamento a que a humanidade aspira”.

Destacando a “complexidade das problemáticas” que hoje marcam a sociedade, com os numerosos conflitos e outros desafios deles decorrentes, o prelado apontou a necessidade de privilegiar na ação militar uma conduta “ética”, que permita distinguir da melhor maneira o que fazer em cada situação e teatro de operações. E nesse campo, já que se está a comemorar o cinquentenário da realização do primeiro Curso de Capelães Militares, lembrou a ação da Igreja Católica no meio militar por intermédio de inúmeros sacerdotes que ajudam a reforçar neste meio as “múltiplas dimensões do humano”, bem como “o espirito de corpo” nas forças que serviram.

D. Manuel Linda, sublinhou também que as Forças Armadas e as Forças de Segurança são “os grandes servidores da paz”. Muito especialmente, lembrou no final da sua intervenção os capelães, muitos deles já defuntos, que deram o seu contributo no apoio espiritual e humano dos militares, um pouco por todo o país.

 

JCP (Agência Ecclesia)