Quinhentos e dezoito anos depois de Vasco da Gama ter chegado a Calecute, acontecimento incontornável da gesta dos Descobrimentos, a Marinha celebrou o seu dia.
Foi na vila de Oeiras. Este ano, sob o lema: “Do Tejo partimos para o mundo”.
A partir do dia 14 de Maio, a Marinha organizou uma série de eventos de índole cultural e desportiva no intuito de uma maior aproximação à população local.
Todas essas actividades culminaram com a cerimónia militar no dia 21 de Maio e com uma Eucaristia em sufrágio dos militares, militarizados e civis que fizeram parte da família naval.
Presidiu à Eucaristia D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar do Patriarcado na Igreja Matriz de Oeiras que contou com a presença dos mais altos responsáveis da Marinha Portuguesa.
Na saudação inicial, foi lida uma mensagem à Marinha da responsabilidade de D. Manuel Linda ausente em Lourdes a participar na Peregrinação Militar Internacional.
Durante a sua homilia, D. Joaquim aludiu ao papel sublime da Marinha ao antecipar em muitos séculos a era da globalização, aproximando assim pessoas, ideias e culturas.
“Somos um país e um povo profundamente ligados ao mar, com uma forte vocação marítima, por isso a Marinha faz parte de nós” disse o prelado.
Sustentado na mensagem da 1ª leitura de Ben-Sirá , D. Joaquim Mendes recordou a importância da memória para a história de qualquer nação e no caso de Portugal ela assenta em muitos marinheiros ilustres que deram “novos mundos ao mundo”.
“Do Tejo partimos para o mundo”. Sendo este o lema das celebrações do Dia da Marinha deste ano, D. Joaquim afirmou: “ O partir faz parte da vida do homem e da sua missão no mundo. Também da missão dos discípulos de Jesus”.
Um aceno especial para a animação musical que esteve a cargo de um coro formado por cadetes da Escola Naval e elementos da Banda da Armada.
Terminada a Eucaristia deu-se início à cerimónia militar com um momento de grande simbolismo e respeito na “Homenagem aos Mortos”.
Resta-nos formular votos para que todas as actividades que envolveram o Dia da Marinha de 2016, tenham servido para aproximar ainda mais os oeirenses da Marinha e do mar.
José Ilídio Fernandes da Costa
CMG CAP
