Vila Viçosa, 9 de novembro de 2025 – As comemorações do 51.º aniversário do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) e a homenagem ao seu Patrono, o Condestável São Nuno de Santa Maria, decorreram em Vila Viçosa, tendo como ponto alto uma Solene Celebração Eucarística no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, transmitida em direto pela TVI. A Missa foi presidida por D. Sérgio Dinis, Bispo do Ordinariato Castrense de Portugal.
Na sua homilia, D. Sérgio Dinis estabeleceu uma profunda ligação entre três realidades convergentes: a Igreja, celebrando a Dedicação da Basílica de São João de Latrão; o EMGFA, no seu papel de serviço e missão; e São Nuno de Santa Maria, o “guerreiro e santo, soldado de Deus e servidor da Pátria”.
O Bispo Castrense recordou que a Igreja, tal como a água que brota do templo na profecia de Ezequiel, é uma “torrente de vida” que tem o poder de “curar feridas, despertar esperança e fazer renascer a dignidade”. Partindo do Evangelho da purificação do Templo, D. Sérgio Dinis lançou um convite à reflexão, sublinhando que o gesto de Jesus é profético, lembrando que “o sagrado não se compra nem se vende”, e um apelo a libertar o coração das “falsas seguranças”.
Ao dirigir-se ao EMGFA, o Bispo salientou que a missão de planeamento, direção e controlo da defesa nacional possui uma dimensão ética e espiritual inegável: a de “servir a vida, proteger o bem comum, construir a paz”. Num tempo em que o mundo é ferido pela guerra, D. Sérgio Dinis fez questão de destacar o papel das Forças Armadas de Portugal, presentes em quatro continentes, “não para fazer a guerra, mas para promover a paz e defender a dignidade humana”, numa continuidade da vocação de Portugal como país que “nasceu para sair de si”.
A figura do Santo Condestável, celebrada em Vila Viçosa, foi apresentada como o modelo de que é possível ser “militar e santo, estratega e servo”. Para D. Sérgio Dinis, São Nuno de Santa Maria ensinou que a “maior vitória foi interior, a vitória da fé sobre o poder”, e que as suas virtudes – coragem no serviço, lealdade na missão e generosidade no sacrifício – continuam a ser o sustento das Forças Armadas.
A celebração culminou com um triplo e exigente apelo à ação: Purificar o templo, garantindo que Cristo seja o centro da vida e das instituições; Construir comunhão, fazendo do EMGFA um sinal de coesão entre ramos e gerações; e Inspirar-se em São Nuno, lutando com fé e servindo com amor.
D. Sérgio Dinis concluiu a homilia pedindo que o Espírito Santo faça do Estado-Maior-General das Forças Armadas “uma nascente de bem e de paz: uma força que não destrói, mas defende; que não domina, mas serve; que não separa, mas une.”
A celebração contou com uma significativa e diversificada representação de altas individualidades civis, militares e eclesiásticas. Marcaram presença o Ministro da Defesa Nacional, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), os Chefes dos Estados Maiores da Força Aérea e da Armada, e o Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército em representação. Da esfera política e autárquica, destacaram-se diversos Secretários de Estado, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, o Presidente da Assembleia Municipal, a Presidente da Junta de Freguesia, bem como vários Deputados e outros Presidentes de Câmara da região. Estiveram ainda presentes antigos Chefes do EMGFA, o Chefe da Casa Militar da Presidência da República, o Comandante da Guarda Nacional Republicana e o Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública. A hierarquia militar foi ainda representada pelos Vices-Chefes do Estado Maior da Força Aérea e da Armada, Oficiais Generais, e elementos da estrutura superior do Ministério da Defesa Nacional. No contexto eclesiástico, para além do Bispo D. Sérgio Dinis, participaram o Reverendo Padre Diamantino Teixeira, Vigário Geral do Ordinariato Castrense, o Reverendo Cónego Francisco Couto, o Reverendo Capelão Adjunto para a Força Aérea, Leonel Castro, e o Excelentíssimo Senhor Diácono Manuel Serrano, juntamente com o Juiz Fernando Pinto da Regia Confraria da Nossa Senhora da Conceição, e, naturalmente, o numeroso corpo de Oficiais, Sargentos, Praças e Trabalhadores Civis das Forças Armadas.
















