O habitual encontro de preparação do Advento decorreu na Colónia de férias da GNR, na Costa da Caparica, a 26 de Novembro.

Foram muitos os casais que acorreram a esta acção de formação, desta vez orientada pelo sacerdote jesuíta, P. Carlos Carneiro. Rezou-se, reflectiu-se, celebrou-se e conviveu-se, sempre em clima de boa harmonia cristã.

Com uma linguagem muito viva e imensamente apreciada, o conferencista centrou-se, fundamentalmente, na necessidade de um contínuo reavivar da dimensão de entrega mútua que deve caracterizar a vida matrimonial. É a partir do dinamismo gerado neste núcleo original do marido/esposa que o casal se abre aos possíveis filhos, à sociedade e à Igreja. Tarefa urgente neste tempo de desafeição familiar e de frequentes situações problemáticas na vida dos casais que podem levar à ruptura do divórcio. Por este motivo, o P. Carlos incentivou os casais presentes a «serem padrinhos» de outros casais, responsabilizando-se por os acompanhar, animar, fortalecer, mesmo que esses casais se não apercebam. Nesta linha, lançou o repto: “Que cada família [cristã] adopte uma família”.

Na Eucaristia, D. Manuel Linda tratou o tema de «Cristo Rei», já que a liturgia O celebrava nesse dia. E especificou: “É o próprio Senhor quem nos diz de que timbre é o seu reinado: «Para mim, reinar é servir». E as leituras de hoje especificam em que consiste esse serviço. A primeira leitura dizia que o pastor não está à frente do rebanho para que este o sirva, mas para servir o rebanho: para  encontrar o melhor alimento para as ovelhas e lhes garantir segurança. E o Evangelho garante-nos que havemos de ser julgados pelo alimento que demos ou não aos que têm fome, pela bebida fornecida ou não aos que têm sede, pelo vestido ou não dos nus, etc. Ora, se a condição cristã é a do serviço, é no interior da família que cada um se forma para esta dimensão, a qual, a dado momento, já não se pode conter na casa, mas se alarga à sociedade e à Igreja. Por isso, alegro-me de saber que grande parte dos que aqui estão presentes são também coralistas nos coros paroquiais, Ministros Extraordinários da Comunhão, catequistas, dirigentes do Escutismo, membros dos Conselhos Económicos, etc., etc. Apelo a todos a comprometerem-se, assim, com algum dos âmbitos que constituem a vida das nossas Paróquias”.

bdr