Este ano, a Assistência Religiosa deu o merecido e justo relevo ao Norte do País.
Tradicionalmente, as grandes celebrações para as Forças Armadas e para as Forças de Segurança costumam realizar-se em Lisboa, quer porque o Ordinariato Castrense tem aí a sua sede, quer pelo facto de as Chefias também estarem aí sediadas. Porém, pela necessidade de ir ao encontro das pessoas, que não estão todas em Lisboa, este ano, decidiu-se celebrar, pela primeira vez no Norte, na igreja da Lapa (Porto), uma Missa por alma dos militares e polícias que integraram as Forças Armadas e as Forças de Segurança.
A animação litúrgica, este ano, foi confiada à Polícia de Segurança Pública. Coro e orquestra, como sempre, excelentes. D. Manuel Linda, que presidiu acompanhado por vários capelães, na homilia, comentando o desabafo de Marta, segundo a qual se Jesus lá estivesse seu irmão Lázaro não teria morrido, referiu: “De facto, quando as coisas nos correm mal, perguntamos: Onde está Deus? Porque O queremos como Deus-bombeiro, sempre apto a socorrer-nos nos desastres. Mas a verdadeira pergunta é outra: Onde estou eu? Perto de Deus ou longe d’Ele? Como me situo perante Deus? De frente ou de costas voltadas?”.
Como se está a comemorar o centenário da Grande Guerra, a exemplo do que se fez nos anos anteriores, em Lisboa, o Serviço de Assistência Religiosa, em colaboração com a Direcção do Serviço de Pessoal do Exército, promoveu uma conferência subordinada ao tema: “Edificação da paz num mundo global”. Decorreu no quartel de Santo Ovídio e foi proferida pelo anterior Ordinário Militar para Portugal, D. Januário Torgal Ferreira. Como era de supor, agradou muito ao vasto auditório, composto não só por militares e polícias, mas também por altos dirigentes da sociedade portuense que tinham sido convidados pela Direcção do Serviço de Pessoal, do Exército, em cuja «casa» se realizou.