D. Rui Valério, bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, presidiu no dia 3 de novembro, a uma Missa de sufrágio pelos militares e elementos das Forças de Segurança que morreram ao serviço de Portugal.
Para D. Rui Valério a comemoração, homenagem e gratidão dos que passaram para a condição de vida eterna, declina-se em três palavras: Memória, Esperança e Missão.
O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança explicou que, nesta celebração, “lembramos os camaradas que já terminaram o seu percurso terreno e alcançaram a pátria eterna. Na força da recordação, eles regressam, porque “recordar” consiste em “trazer novamente ao coração”, e esta recordação, segundo o prelado, “expressa-se na oração.”
“Agradecidos, oramos pelos que viveram a servir e, com o seu exemplo, nos ensinaram que o maior sucesso se obtém com abnegação e dádiva de si mesmo, qual timbre da identidade do Militar e do elemento de Segurança”.
D. Rui Valério afirmava depois que a Memória conduz à Esperança, desenvolvendo que “enquanto âncora da vida, a esperança crava o presente, os nossos hoje, com a sua efemeridade e transitoriedade, na perenidade eterna. A existência humana orienta-se, então, para algo maior, que a transcende, que não sendo só futuro, já se vive na atualidade, que a esperança indica, antecipa e inaugura, conferindo aos nossos dias essa plenitude de todos esperada. Se a memória é o presente do passado, a esperança é o presente do futuro. Assim, memória e esperança, localizam-nos na vida: pela memória, sabemos de onde viemos e como chegámos até aqui; a esperança mostra-nos para onde vamos e o que havemos de alcançar”.
O responsável pelo Ordinariato Castrense concluía a sua homilia refletindo que “a recordação dos nossos caros mortos, leva-nos certamente a uma maior consciência sobre a transitoriedade da vida, mas também nos incute a grande vontade de construir, dia-após-dia, a eternidade com as nossas ações de serviço, de entrega e abnegação”, a Missão de “construir hoje esse mundo que desejamos e esperamos”.
Participaram na celebração o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os chefes de Estado-Maior dos Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança, o chefe da Casa Militar da Presidência da República, entre outros, para além de responsáveis militares, policiais e civis.
A Celebração contou com uma Guarda de Honra ao Altar constituída por cadetes dos três Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança e a Animação Litúrgica esteve a cargo do Coro da Armada Portuguesa.