Com o garbo que a caracteriza, a Força Aérea recebeu festivamente a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima na BA6, no Montijo, em cerimónia presidida pelo Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, GEN José Pinheiro, e com a participação de muitos outros Generais, Oficiais, Sargentos, Praças e Civis, bem como cristãos anónimos que quiseram associar-se.
A parte religiosa foi celebrada por D. Manuel Linda, acompanhado pelos capelães em Serviço na Força Aérea. De ressaltar, também, a presença do Capelão das Forças Americanas, em exercícios na Base, o qual, não obstante a sua confissão de fé ser a Baptista, também quis associar-se. A imagem foi recebida à porta de armas com honras militares e sobrevoada por uma aeronave, como sinal de extrema deferência.
De seguida, apresenta-se a notícia tal como foi elaborada pela Agência Ecclesia.
Comandante da unidade destacou a importância da fé e da figura do capelão para a «estabilidade social» dos militares
Para o capelão-chefe da Força Aérea portuguesa, padre Joaquim Martins, esta visita veio ainda dar mais “força e coragem” aos militares para que prossigam o seu caminho, mesmo no meio das “dificuldades”.
Sobre a importância dos capelães no meio militar, o sacerdote frisou que, através deste trabalho, a Igreja quer dizer a estas pessoas, não só da Força Aérea mas também das outras Forças de Segurança, “que têm alguém que está ao lado deles, que se preocupa com eles e sobretudo que os ouve”.
“É lógico que não podemos socorrer todos mas ajudamos muitos e isso é que é importante, tanto no aspeto religioso como humano”, sustentou.
A Força Aérea tem como padroeira a Nossa Senhora do Ar e as caudas dos aviões portugueses ostentam sempre a Cruz de Cristo.
O comandante da Base Aérea do Montijo saudou a passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima pela unidade como “a continuidade de uma tradição cristã” muito enraizada no meio militar.
De acordo com António Temporão, a componente da “fé”, potenciada em cada unidade pela figura do capelão, é essencial para o sucesso dos projetos onde estes homens e mulheres, todos os dias, se envolvem.
“Em alturas de conflito, o capelão é o enfermeiro da mente, a pessoa que quando fraquejamos ou a saudade aumenta, nos dá alento; em tempo de paz, é um homem que nos apoia e dá espirito de alegria; na perspetiva de quem tem de comandar, o capelão é os olhos e os ouvidos da estabilidade social da unidade; e é também o elo de ligação com a comunidade local, que os militares têm a responsabilidade de ajudar”, concluiu.
Presentes na cerimónia estiveram muitos familiares dos militares, que esta segunda-feira de manhã acompanharam o cortejo da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, de carro, pela Base da Força Aérea do Montijo.