Lisboa, 03 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança afirmou que os militares são hoje os pilares “mais permanentes de abnegação e esperança” que exercem na “primeira linha” a proteção os portugueses.
“Comove-nos o altruísmo com que vos colocais na primeira linha para defender e proteger os portugueses. Sois hoje o bom pastor que pela defesa e proteção das suas ovelhas não deserta, mas enfrenta e corre todos os riscos para que ninguém sucumba ao perigo. Para os sem-abrigo, sois hoje como o Pai Misericordioso da parábola que acolhe, conforta e restabelece os “pródigos” desta vida que necessitam de pão, de um sorriso fraterno e de um rosto amigável”, escreveu D. Rui Valério na sua mensagem pascal, enviada à Agência ECCLESIA.
O responsável católico indica que, neste tempo novo, onde coexiste a “desconfiança e resiliência, o temor e a confiança, o desânimo e a coragem”, nota-se uma “resiliência sem tréguas, que não cede à angústia e ao desespero”.
“O vosso contributo é realmente decisivo. Reconhecendo isso mesmo, gostaria de expressar o meu profundo agradecimento e a minha sentida gratidão”, sublinha.
A dedicação, a total disponibilidade para “servir onde e como é necessário”, o sacrifício que os militares demonstram “fortalecem as razões para o sentimento patriótico, justificam e dão sentido à quarentena”, alimentam os portugueses “na confiança”, ajudando a “cultivar a vida, com a luz do exemplo e com a força da total abnegação”.
D. Rui Valério acredita que a “grande maioria dos portugueses” acata as “recomendações e ordens” das Forças Armadas, manifestando nisso, uma “impressionante capacidade de não capitularem, nem baixarem os braços”.
“Há esperança em Portugal e nos portugueses, traduzida numa abertura e disponibilidade face ao presente e ao futuro”, enfatiza.
O Bispo das Forças Armadas e de Segurança dirige palavras de agradecimento, solidariedade e esperança aos militares.
“A vitória sobre esta pandemia consegue-se quando, pelo heróico trabalho dos cientistas, dos profissionais de saúde, dos militares e agentes de segurança e de todos aqueles que continuam a garantir o sustento da vida, se mantém viva, presente e operacional a esperança. Esta é mais do que um sinal de salvação”, reforça.
Sem esperança não há cura, porque a cura é constituída precisamente pela esperança; integra a sua identidade. Assim, onde quer que a esperança se revele viva e atuante já se manifesta a salvação e a libertação de tudo quanto nos oprime e diminui. E vós atuais essa esperança e logo nos garantis que venceremos, pela graça de Deus”.
D. Rui Valério recorda o apelo para que as forças militares continuem “a agir em prol do bem de todos os portugueses”: “Sabei que vos estamos gratos pela disponibilidade, pelo vosso espírito de serviço, pela vossa abnegada dedicação, iluminando, assim, os caminhos escuros, onde a doença nos quer encerrar, com o fulgurante brilho de esperança”.
LS (Ecclesia)