zaqueu

A pedido de algumas pessoas, deixa-se o guião usado no encerramento do Ano Jubilar da Misericórdia.

Cântico : Deus de amor, ó Deus de amor, Tu és o único, Deus de amor. Não há outro Deus, fora de Ti, fora de Ti, para mim não há amor.

 

 

Presidente (P): Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

Assembleia (A): Ámen.

 

P: A misericórdia de Deus Pai, que nos foi dado saborear ao longo deste ano / a paz de Jesus Cristo, único Salvador do Homem / e a comunhão do Espírito Santo, Espírito de vida e renovação / estejam convosco.

 

A: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

 

P: Irmãos caríssimos/eis-nos chegados ao termo do Ano Jubilar./Nele experimentamos um tempo extraordinário/de graça e de misericórdia./Nesta celebração conclusiva/queremos entoar o nosso cântico de louvor/e de acção de graças/pelos dons que o nosso bom Deus nos concedeu./Uma vez mais/já que nos propomos aproximar-nos d’Ele/invoquemos o bálsamo da misericórdia/reconhecendo-nos como pecadores/e perdoando-nos mutuamente de todo o coração.

 

P: Senhor que nos mandastes perdoar/antes de nos apresentarmos diante do vosso altar,

 

A: (Cantado): Senhor, tende piedade de nós.

 

P: Cristo, que sobre a cruz/invocastes o perdão para os pecadores,

 

A: (Cantado): Cristo, tende piedade de nós.

 

P: Senhor, que confiaste à Vossa Igreja/o ministério da reconciliação,

 

A: (Cantado): Senhor, tende piedade de nós.

 

P: Deus, rico em misericórdia,/tenha compaixão de nós,/perdoe os nossos pecados,/faça o nosso coração misericordioso como o d’Ele/e nos conduza à vida eterna.

A: Ámen.

Leitor 1 (L1): Leitura de uma passagem da Encíclica “Deus, rico em misericórdia” (nº 13), do Papa São João Paulo II:

 

A Igreja vive vida autêntica quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, das quais ela é depositária e dispensadora. Neste contexto, assumem grande significado a meditação constante da Palavra de Deus e, sobretudo, a participação consciente e reflectida na Eucaristia e no sacramento da Penitência ou Reconciliação. A Eucaristia aproxima-nos sempre do amor que é mais forte do que a morte. Com efeito, «todas as vezes que comemos deste Pão e bebemos deste Cálice», não só anunciamos a morte do Redentor, mas proclamamos também a sua ressurreição, «enquanto esperamos a sua vinda gloriosa». A própria acção eucarística, celebrada em memória d’Aquele que na sua missão messiânica nos revelou o Pai por meio da Palavra e da Cruz, atesta o inexaurível amor, em força do qual Ele deseja sempre unir-se e como que tornar-se uma só coisa connosco, vindo ao encontro de todos os corações humanos. O sacramento da Penitência ou Reconciliação aplana o caminho a cada um dos homens, mesmo quando sobrecarregados com graves culpas. Neste Sacramento todos os homens podem experimentar de modo singular a misericórdia, isto é, aquele amor que é mais forte do que o pecado.

 

 

P: Louvemos o Senhor/que tem um coração manso e humilde/e nos convida a irmos ao seu encontro/para nos aliviar dos nossos medos, problemas e cansaços. E digamos, cantando:

 

A: Misericordes Sicut Pater  ( Refrão do Hino da Misericórdia)

 

L2: Porque Deus omnipotente e justo/se nos revela como misericórdia e perdão/sempre pronto a libertar-nos do peso das nossas culpas/e a abraçar-nos com amor misericordioso/nós exclamamos:

 

A: Misericordes Sicut Pater

 

L3: Porque o Senhor, Deus do universo,/se nos revela na humilde simplicidade do pão e do vinho/valorizando, assim, a nossa vida quotidiana/nós exclamamos:

 

A: Misericordes Sicut Pater

 

 

L2: Porque Deus, Pai amoroso/sabe desculpar as nossas ofensas e indignidades/e está sempre disposto a perdoar e a esquecer/nós exclamamos:

 

A: Misericordes Sicut Pater

L3: Porque Deus, Pai de Jesus Cristo/quis fazer de todos nós uma única família/e deu-nos o exemplo/tratando as nossas feridas e dores/nós exclamamos:

A: Misericordes Sicut Pater

 

L2: Porque Deus, Pai clementíssimo/derrama nos nossos corações feridos/o bálsamo da misericórdia e o vinho da consolação/nós exclamamos:

 

A: Misericordes Sicut Pater

 

L3: Porque o Senhor, “Príncipe da Paz” tem um plano salvador para o mundo que passa pela liberdade, justiça e direitos humanos/nós exclamamos:

 

A: Misericordes Sicut Pater

 

P: Agora, em ligeiros momentos de silêncio, deixemos que a voz de Deus fale aos nossos corações e nos revele o que devemos fazer para sermos misericordiosos como o Senhor é misericordioso.

A (cantado): Aleluia

 

Diácono (D): O Senhor esteja convosco

A: Ele está no meio de nós

D: EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, SEGUNDO SÃO LUCAS (Lc 19, 1-10).

Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.» Palavra da Salvação.

 

A: Glória a Vós, Senhor.

 

(Segue-se um breve homilia)

 

 

P: Irmãs e irmãos caríssimos,/com Jesus, oremos ao Pai/para que derrame sobre nós o bem e a graça/que a sua misericórdia nos concede./E digamos confiadamente/:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

 

L4: Pela Santa Igreja/presente em todos os continentes, povos e culturas/para que seja sempre mais testemunha do amor de Deus/mais serviçal e misericordiosa/oremos, irmãos:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

 

L5: Pelo Papa Francisco/para que o Senhor Jesus lhe dê coragem/para continuar a ser profeta da misericórdia/particularmente em favor dos pobres e indefesos/oremos irmãos:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

 

L4: Pelos bispos e sacerdotes/ministros do sacramento da Reconciliação/para que sejam sempre «peritos em misericórdia»/como o Bom Pastor que deu a vida pelas suas ovelhas, oremos irmãos:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

 

L5: Pelos que andam longe dos caminhos de Deus/para que se virem para os braços abertos do Redentor/e abram o seu coração a Cristo, Salvador do mundo, oremos irmãos:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

L4: Por todos nós, nossas familias e amigos/pela instituição militar e pelas forças policiais/para que vivamos para servir os outros/e reconheçamos o rosto de Jesus em cada pessoa que encontrarmos/oremos irmãos:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

 

L5: Por todos os fiéis defuntos/particularmente pelos que foram das nossas famílias/ou contribuíram para o bem comum como militares ou polícias/para que o Deus misericordioso/lhes abra os seus braços de Pai/e os receba no seu reino/oremos irmãos:

A: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.

 

 

P: Em comunhão com toda a Igreja/rezemos a oração do Ano Jubilar da Misericórdia:

 

A: Senhor Jesus Cristo,/Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste,/e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele/Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos./O Vosso olhar amoroso/libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro;/a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura;/fez Pedro chorar depois da traição/e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido./Fazei que cada um de nós considere como dirigidas a si mesmo/as palavras que dissestes à mulher samaritana:/Se tu conhecesses o dom de Deus!/Vós sois o rosto visível do Pai invisível/do Deus que manifesta a sua omnipotência/sobretudo com o perdão e a misericórdia:/fazei que a Igreja seja no mundo/o rosto visível de Vós, seu Senhor/ressuscitado e na glória./Vós quisestes que os Vossos ministros/fossem também eles revestidos de fraqueza/para sentirem justa compaixão/por aqueles que estão na ignorância e no erro:/fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles/se sintam esperados, amados e perdoados por Deus./Enviai o Vosso Espírito/e consagrai-nos a todos com a sua unção/para que o Jubileu da Misericórdia/seja um ano de graça do Senhor/e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo,/levar aos pobres a alegre mensagem/proclamar aos cativos e oprimidos a libertação/e aos cegos restaurar a vista./Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria/Mãe de Misericórdia/a Vós que viveis e reinais/com o Pai e o Espírito Santo/pelos séculos dos séculos/Ámen.

 

A: Cântico. Cantarei eternamente, as misericórdias do Senhor, cantarei eternamente.

 

P: Convido-vos agora/caros cristãos/a rezar comigo esta bela prece/atribuída a S. Francisco de Assis/o santo da simplicidade, da candura e da misericórdia:

 

A: Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!

 

L6: Onde houver ódio, A: que eu leve o amor.
L6: Onde houver discórdia, A: que eu leve a união.           
L6: Onde houver dúvidas, A: que eu leve a fé.                 
L6: Onde houver erros, A: que eu leve a verdade.
L6: Onde houver ofensa, A: que eu leve o perdão.         
L6: Onde houver desespero, A: que eu leve a esperança.
L6: Onde houver tristeza, A: que eu leve a alegria.
L6: Onde houver trevas, A: que eu leve a luz.
 

L6: Ó Mestre, fazei com que eu procure mais

 

A: consolar que ser consolado

     Compreender, que ser Compreendido

     Amar,  que ser amado

 

L6: Pois é dando que se recebe;

 

A: É perdoando, que se é perdoado

     E é morrendo que se vive para a vida eterna.

 

(Cântico)

Ninguém Te ama, como eu, ninguém Te ama, como eu,

Olha p’ra cruz é a minha maior prova, ninguém Te ama, como eu.

Ninguém Te ama, como eu, ninguém Te ama, como eu,

 

 

P: Estimados fiéis em Cristo/após a bênção, vou colocar nas vossas mãos/o instrumento da verdadeira identidade cristã:/o Credo/para que deis testemunho público da fé que vos anima/e o elenco das obras de misericórdia/para que as pratiqueis/e assim ensineis os filhos dos vossos filhos./Envio-vos ao mundo, nossa casa comum./Casa nem sempre harmoniosa/por vezes, casa de egoísmos e conflitos/frequentemente, casa de lutas e de guerras/de violência, de dor e sofrimento/casa de lágrimas e de morte/onde deveria reinar a felicidade. /Por isso, ainda não é/mas tem de ser/uma verdadeira casa de família./Levai-lhe a luz da fé/e a certeza de que a misericórdia do nosso Deus/é bem maior que as nossas maldades./Levai-lhe também as boas obras que nascem da fé/para que em nenhuma/falte o pão na mesa/o sorriso nos lábios/a mão que afaga/os olhares que se voltam na mesma direcção./E agora/que possais dizer convictamente:/valeu a pena a celebração deste Ano Jubilar/porque me esforcei em modelar o meu coração/e continuarei a imitar o meu Deus/que é rico em misericórdia/cheio de bondade e fidelidade./O Deus do amor e da misericórdia/faça de vós “sal da terra e luz do mundo”./Para isso, ficai com a sua bênção.

P: O Senhor vos abençoe e vos proteja.

A: Ámen.

P: O Senhor faça brilhar sobre vós o seu rosto e vos acompanhe com a sua misericórdia.

A: Ámen.

P: O Senhor dirija para vós o seu olhar e vos dê a sua paz.

A: Ámen.

P: A bênção de Deus omnipotente, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.

A: Ámen

 

(Cântico)  Misericordes Sicut Pater,  Misericordes Sicut Pater

Foi por Ti, só por Ti porque Te amo, ninguém Te ama, como eu,