Transcreve-se, de seguida, as notáveis palavras de Sua Excelência o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea no final da celebração de Nossa Senhora do Ar.
Estamos hoje aqui reunidos para assinalar o 58.º Aniversário da conceção do Breve Aligera Cymba, através do qual, Sua Santidade, o Papa João XXIII, declarou Nossa Senhora do Ar, Celeste Padroeira de Todos os Aviadores Portugueses.
Era uma aspiração da Aviação Portuguesa que, desde os primórdios, vinha pugnando para ter a sua Santa Padroeira.
E que melhor Padroeira a Força Aérea poderia ter almejado, do que a imagem de Nossa Senhora, que era venerada há cerca de 350 anos, no Concelho do Cadaval, sob a invocação de Nossa Senhora do Ar.
Assim, desde o dia 15 de Janeiro de 1960, os aviadores da Força Aérea, que nas suas aeronaves, sulcam os exigentes caminhos dos Céus, passaram a invocar e venerar a Santíssima Virgem, sob o título de Nossa Senhora do Ar.
Tornou-se um símbolo e uma referência em que depositamos a nossa confiança. Sabemos a quantos perigos se expõe a nossa vida e pedimos-lhe que vele por nós e que nos proteja, no cumprimento da Missão de todos os dias.
Mas também é A Senhora a quem pedimos inspiração para nos mantermos fiéis aos nossos compromissos de homens e de militares.
Por outro lado, a Nossa Senhora do Ar é, igualmente, onde, muitas vezes, encontramos amparo e a quem recorremos para ultrapassar momentos de dificuldade.
E todos pedimos, com filial confiança, que a nossa vida, exercício profissional de voar, seja incansável ascensão, na honra de servir, no aperfeiçoamento das virtudes e na valorização do presente, até ao Céu.
E a nossa veneração é tanta, que, lhe erigimos altares e lhe dedicámos versos e cânticos, como aqui pudemos ouvir.
Por esses motivos, sinto profunda alegria porque, hoje, me é concedido este singular privilégio: ser testemunha da homenagem, tão merecida e inteiramente devida, à Padroeira da Força Aérea.
Como Comandante da Força Aérea, suplico a proteção da Virgem Santíssima para todos os militares e funcionários civis da Nossa Força Aérea, e suas digníssimas famílias, para que Ela os ilumine com a sua luz e os acompanhe e abençoe, sempre, pelos caminhos da Vida, na terra e no ar, os livre dos perigos e os defenda de todas as adversidades.
Com a realização deste ato, Voltamos a dar as mãos à nossa mãe no Céu, e saímos mais unidos e mais prestigiados, pelo que aqui estaremos novamente para o ano que vem, e nos seguintes, a prestar a nossa singela homenagem e a consagrar à Virgem quanto somos e possuímos.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA FORÇA AÉREA