Responsável católico destacou vocação de «universalidade»

Foto: Marinha Portuguesa

Porto, 22 mai 2023 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança presidiu este domingo à Missa do Dia da Marinha, na igreja de São Francisco, Porto, destacando uma vocação de “universalidade” que marca a história deste ramo.

“A Marinha tem na universalidade um dos alicerces da sua identidade e força. Possuindo um espírito aberto ao mundo, a Marinha fez de Portugal uma Nação descentralizada, ao mesmo tempo que imprimia, na alma portuguesa, o ecumenismo e o espírito da fraternidade com todos os povos”, referiu D. Rui Valério, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.

A Eucaristia da solenidade litúrgica da Ascensão aconteceu no dia da chegada de Vasco da Gama à India, há 525 anos.

“A Marinha teve um protagonismo ímpar no surgimento de um novo mundo. No contexto da sociedade portuguesa atual, onde tantas pessoas de outros continentes nos procuram, olhamos para a nossa Marinha e para o seu património civilizacional, e verificamos que pode ser critério de sabedoria no agir em relação aos imigrantes”, indicou o responsável pelo Ordinariato Castrense.

D. Rui Valério sublinhou o impacto do encontro com outros povos na construção da identidade portuguesa, ultrapassando “fronteiras geográficas, culturais, sociais e antropológicas”.

Foto: Marinha Portuguesa

Para o bispo das Forças Armadas e de Segurança, há hoje um “desmoronamento da importância da ética”, que desafia todos a assumir a “grande responsabilidade de mostrar e construir uma outra estrada”.

O Dia da Marinha, uma iniciativa nacional, decorreu este ano no Porto, com eventos ao longo de vários dias.

OC