D. Manuel Linda sublinha trabalho de militares e polícias junto das populações atingidas.

Avelar, 19 jun 2017 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança considera que onde “existe sofrimento a Igreja deve estar presente” por isso está em Avelar, concelho de Ansião, local onde está instalado um centro de apoio aos incêndios que deflagram na região centro do país.

A ida de D. Manuel Linda a Avelar (Ansião, Distrito de Leiria e Diocese de Coimbra), deve-se também à presença “de muitos militares e polícias” que estão a ajudar no combate aos incêndios, disse à Agência ECCLESIA.

Quando acontecem situações destas, D. Manuel Linda, que está ligado umbilicalmente aos bombeiros – “quer pela amizade quer pelo facto de ter desempenhado as funções de capelão de uma corporação antes de ser bispo” –, sublinha que à Igreja compete “apelar ao coração humano”

“Se os incêndios são de origem criminosa” deve-se “apelar às pessoas que não se comportem como animais” e se os incêndios são de origem natural “como parece ter sido este, deve-se criar condições durante o inverno para que estas desgraças não aconteçam”, frisou o bispo das Forças Armadas e de Segurança.

Perante a calamidade que assolou a região centro do país, a comunidade cristã tem de “estar na linha da frente nas questões da solidariedade”, referiu.

Ao visualizar “as imagens dantescas e absolutamente impressionantes” a sensibilidade dos cristãos “fica motivada”.

Quando a dor e o desespero entram na vida das pessoas, a “única coisa que se pode fazer nesta circunstância é falar nesta âncora, chamada esperança”, afirmou D. Manuel Linda.

Depois de saber que tinha falecido um bombeiro, o bispo das Forças Armadas e de Segurança referiu que as pessoas “estão absolutamente espantadas com o trabalho extraordinário” que eles estão a realizar.

“Não desanimem”, pediu D. Manuel Linda.

O incêndio que deflagrou este sábado em Pedrógão Grande provocou mais de 60 mortes, dezenas de feridos e de desalojados.

HM/LFS/OC