Padre Benjamim de Sousa e Silva, Diocese das Forças Armandas e Segurança

 

Deus, no seu plano de amor por todos os homens, envia o seu Filho ao mundo, na plenitude dos tempos, para entrar na nossa história.

Aos que movidos pelos mesmos ideais de paz, de justiça e liberdade, nos quais se incluem os Militares, Jesus encontra aliados naturais para com eles recriar um mundo novo.

Jesus tem a missão de restaurar o Seu Reino de paz e de amor, e os Militares têm a missão de defender os valores da dignidade humana, onde quer que ela seja subjugada, ultrajada.

Jesus entra nos quartéis a partir do íntimo do coração, da necessidade de transcendência, de qualquer coisa de mais alto que lhe dê o verdadeiro significado da vida.

Em nome da honra e das verdadeiras razões de viver, os Militares sacrificam a vida, estão dispostos a morrer a exemplo de Cristo, que deu a Sua vida livremente. Quantos heróis, quantos Militares servindo a Pátria serviram a Deus ao oferecerem as suas vidas por valores e ideais em que acreditam, e assim amarem a Deus.

A coragem vem do treino, da preparação rigorosa, do espírito, do corpo e da camaradagem. Mas a força para lutar sem desfalecimento, vem da fé, vem de Deus.

Jesus, confiante nos braços do Pai, avança por entre as multidões, que Lhe cuspiam em cima, que O insultavam e maltratavam. A Sua missão libertadora, redentora era para se cumprir até ao fim.

Assim, podemos dizer que Jesus é o “modelo” de todos os bons Militares, que avançam para o combate, confiados num mundo melhor e mais justo.

Jesus é a verdadeira luz, que elevado na Cruz, dissipa as trevas do pecado, da indiferença e do egoísmo, perante os dramas da história da humanidade.

Os braços abertos estão sempre disponíveis para nos abraçar, para nos recriar de novo, para gratuitamente nos salvar. Assim, temos realizado nos hospitais e nos quartéis a Celebração Pascal, ministrado os sacramentos da reconciliação e da Eucaristia, em ordem a uma maior relação de amor filial e batismal com o Pai. Realizamos, ainda, um peditório solidário para as vítimas da guerra.

Deus quer contar com os “soldados de paz” para levar a esperança, a capacidade de sonhar e a vida verdadeira a quem tudo perdeu, enquanto vítimas da injustiça, dos crimes e das guerras.

Que este ano de 2023, a Páscoa do Senhor, a nossa Páscoa, possa ser a valer, santa e redentora.

Pe Benjamim de Sousa e Silva

Capelão Militar