A 24 de Setembro, no preciso dia em que se comemorava os 100 anos do nascimento do Padre José Correia da Cunha (1917-2017), Lisboa homenageou-o. 

O programa foi delineado e promovido por um grupo de amigos ligado ao antigo grupo de jovens OBJECTIVO, fundado em 31 de Outubro de 1971 por esse ilustre sacerdote. Começou pela celebração da Missa em São Vicente de Fora, sede da Paróquia que o P. Correia da Cunha pastoreou. Foi presidida por D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa que assinalou o “rasto de luz deixado por este sacerdote, particularmente no amor à liturgia, aos jovens, às famílias, à Marinha e aos Marinheiros, à sua cidade de Lisboa. Foi um inovador e renovador, um precursor da recepção do Concílio Vaticano II, um construtor de pontes de amizade e comunhão com pessoas e Instituições que na cidade se empenhavam na edificação do bem comum”.

De seguida, a comitiva dirigiu-se para o local da inauguração da estátua, acompanhada pela Banda da Armada. Já no local, após discursos, o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Dr. Marcos Perestrello retirou a bandeira que cobria o busto do homenageado, na presença de representantes de várias instituições, mormente o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António da Silva Ribeiro, o Presidente da Direcção dos Amigos de Lisboa, o Presidente da Direcção do Clube de Sargentos, o Presidente da Casa da Comarca da Pampilhosa da Serra, etc.

O Ordinariato fez-se representar pelo seu Vigário Geral. P. José Ilídio Costa.

O capelão Correia da Cunha foi admitido na Armada em Janeiro de 1943, onde prestou serviço até Outubro de 1961. Fundador da Associação de Marinheiros Católicos, muito contribuiu para a formação humana e cristã dos marujos portugueses. Desempenhou relevantes serviços na esplendorosa Marinha de Portugal, na qualidade de Capelão Chefe da Armada, tendo participado nas várias Conferências de Capelães dos países da NATO e prestado serviço nas seguintes unidades: Navio Gonçalves Zarco, Navio Bartolomeu Dias, Navio Escola Sagres I, Navio Afonso de Albuquerque, Corpo de Marinheiros, Base Naval do Alfeite, Escola Naval, Hospital da Marinha, Escola de Alunos Marinheiros e Escola de Mecânicos.

Homem culto, distinguia-se pela participação nos círculos culturais e eventos realizados em Lisboa; sacerdote dedicado, prestava muita atenção à pobreza da zona onde viria a ser pároco (São Vicente de Fora) e deu corpo a obras de cariz promocional.