O fruto da Renúncia Quaresmal da Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança destina-se, este ano, à construção de uma cantina social da obra das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, em Neves, São Tomé e Príncipe.
Na Mensagem Quaresmal, que agora divulgamos, o Ordinário Castrense revela que “a urgência deste refeitório é ditada pela preocupação real em alimentar pessoas”.
D. Rui Valério, na sua visita a S. Tomé, no passado mês de janeiro, pôde comprovar “in loco” as necessidades desta Obra Missionária naquele Arquipélago.
Contextualizando com o Ano Missionário, que agora vivemos, olha para a celebração da quaresma como uma ocasião para meditar na relação entre missão e caridade, essência da Igreja, que tem de “sair da zona de conforto, do nosso cantinho e ir ao encontro das pessoas, numa atitude de comunhão, de serviço e de entrega.” Aqui está, para D. Rui, “o significado mais profundo da caridade (amor), enquanto «caminho-ao-encontro-do-outro», em que os irmãos se constituem sentido e razão de ser do peregrinar para eles, levando-lhes o dom da salvação. Torna-se assim evidente o alcance do mandamento “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15, 13, 34) que é a excelência da mensagem do Senhor Jesus.”
Depois de se descobrir a essência, somos impelidos a combater pelo que realmente importa utilizando a arma da oração, que “nos mergulha numa experiência de encontro com o Senhor Vivo”; a arma da esmola, que enquanto partilha solidária, nos ajuda a vencer a tentação de fazer do dinheiro o nosso deus, “educando-nos a ir ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos”; e a arma da penitência, que nos mergulha na “sabedoria da vida interior e, consequentemente, na profundidade da consciência humana. Tocar essa profundidade da nossa estrutura existencial permite-nos não só encontrar o berço do bem e do mal, mas também nos mostrará onde estão as raízes das nossas feridas que só o perdão e a misericórdia de Deus conseguem sarar e corrigir”, conclui o prelado, desejando que a caminhada quaresmal seja uma oportunidade de crescimento como Igreja Diocesana Castrense.