Decorreu, na Messe de Monsanto, da Força Aérea, o tradicional encontro da pastoral familiar.

É habitual realizarem-se estes encontros de formação e celebração no início dos tempos fortes do Advento e da Quaresma. E, este ano, não se fugiu à regra. Por isso, no dia 5 de Março, quase cerca de meia centena de casais reuniram-se para a celebração do Domingo e para a reflexão sobre o capítulo IV do excelente documento do papa Francisco sobre a Família, “A alegria do amor”.

Orientou a reflexão o P. João Luís Fanha, capelão Adjunto para a Polícia de Segurança Pública e responsável por este sector pastoral. Em linguagem simples, mas expressiva, percorreu as grandes características do amor verdadeiro, tal como as apresenta o Papa, a partir de um texto bíblico, o chamado «hino ao amor», de S. Paulo (1 Cor 13, 4-7): paciência, atitude de serviço, libertação da inveja, humildade que exclui a arrogância e o orgulho, amabilidade, desprendimento, paz interior, perdão e alegria. Citando o Papa, o P. Fanha frisou bem que o amor não é um depósito bancário a partir do qual se possam fazer as despesas, até que ele esgote. É muito mais: um específico estilo de vida que, mediante os valores e atitudes acima referidos, gera um mais forte prendimento mútuo e uma maior alegria de viver. Gera a união e a felicidade, também elas características do verdadeiro amor. Por isso, insistiu na frase do Papa: “A palavra amor, uma das mais usadas, muitas vezes aparece desfigurada”. Saibam os esposos, no dia-a-dia, entre si e com os filhos, cultivar e praticar um amor autêntico, certeza de união e de felicidade.

Na homilia da Missa, que apresentava o Evangelho das tentações, D. Manuel Linda, fez a sua leitura em chave familiar, para alertar: “Que a tentação de transformar as pedras em pão não fomentem um tal «carreirismo» que levem ao esquecimento da família, realidade primeira e mais fundamental; que o encantamento pelo êxito e pelo «dar nas vistas», como propunha o tentador a Jesus, ao sugerir-lhe que se atirasse do pináculo do templo para que O aplaudissem, não leve à inversão dos valores e colocar como meta última o que é efémero e passageiro; que em todas as famílias Deus tenha um lugar, pois o drama do nosso mundo é ter dado ouvidos ao diabo e prostrar-se perante o mal e a futilidade, esquecendo que só Deus é digno de ser acolhido em nossas casas e de coabitar connosco”.

O próximo encontro realizar-se-á no início do Advento.