José Azeredo Lopes sublinhou papel de Francisco em defesa dos migrantes e refugiados.

 

Lisboa, 14 dez 2017 (Ecclesia) – O ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes disse, esta quarta-feira, em Lisboa, no lançamento da obra ‘Paz e Futuro da Humanidade’, que a paz como virtude “está sempre presente na lógica discursiva da Igreja”.

Mesmo em situações que “não era nada fácil falar em paz”, quando os “tambores da guerra estavam a soar”, os Papas mais recentes estavam “sempre do lado da paz” e “da “resolução pacífica dos diferendos”, referiu à Agência ECCLESIA.

Para o ministro da Defesa, o Papa Francisco tem uma visão “muito pragmática” dos “deveres da Igreja” no mundo contemporâneo, no qual é fundamental “praticar os verbos acolher e integrar” em relação aos migrantes e refugiados.

Atualmente, os processos migratórios convocam “as sociedades e as democracias” para um dever que é “fundamental não esquecer”: a Europa “foi sempre” uma “terra de acolhimento”.

Em relação à obra ‘Paz e Futuro da Humanidade’, com a chancela da Paulus Editora e prefácio do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, Azeredo Lopes realça que é “um contributo importante” sobre a temática da paz.

As fronteiras da paz convocam para “desafios difíceis” e, nos tempos que correm “ainda é mais difícil” porque em décadas anteriores a paz era “apenas a ausência de guerra”.

“Há uma noção mais rica de paz do que a mera ausência de conflito” e que está relacionada com “a pobreza, miséria e tragédias de ausências de governação” sublinhou.

Na sua intervenção, o ministro de Defesa Nacional fez referência a D. António Ferreira Gomes (1906-1989), “um grande bispo do Porto” e às suas ‘Homilias da Paz’, uma obra que “deveria ser relida, decantando aquilo que o tempo matou”.

O livro é o resultado das intervenções de um seminário realizado no grande auditório da Academia Militar, no campus da Amadora.

LFS/OC