Continuando a sua visita a S. Tomé e Príncipe, D. Rui Valério, Bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu ontem, 25 de janeiro, da parte da manhã, a uma Celebração Eucarística, participada pelos militares portugueses estacionados em São Tomé e Príncipe, no Bairro da Cooperação Portuguesa. Nela esteve presente o Senhor Embaixador de Portugal, acompanhado de sua excelentíssima esposa e os Senhores Comandante Naval, VALM Henrique Gouveia e Melo e o CALM Dores Aresta, em representação de S. Exa o ALM CEMGFA.

No início da celebração, o Senhor Bispo colocou sobre o altar as circunstâncias pelas quais dar Graças ao Senhor: agradecer um ano de presença da Guarnição do NRP Zaire em São Tomé e Príncipe (chegou a 23 de janeiro de 2018) e os muitos anos de feliz cooperação entre os dois países. Também se evocou, em saudade e esperança, a memória dos entes queridos e camaradas que partiram para o eterno descanso do Pai.

Ocorrendo, neste dia, a festa da conversão de São Paulo, D. Rui Valério, na homilia, refletiu sobre dois pontos:

– Em primeiro lugar, São Paulo, enquanto Apóstolo, abriu caminhos de santidade para a humanidade e plasmou, com a sua pregação, uma nova cultura assente no Evangelho de Jesus. De facto, com a proclamação de um único Deus, suscitou o sentido da dignidade do ser humano; com o anúncio da Ressurreição, fez emergir nas consciências o sentido da vida; com a pergunta “que devo fazer”, conferiu ao ser humano o estatuto de colaborador na obra da redenção.

– O segundo ponto consistiu em reconhecer que, entre todos os Apóstolos, São Paulo é aquele com quem os portugueses têm tido mais afinidade, ao longo da história; a prova é que, tal como o Apóstolo dos gentios saiu da sua terra para levar o Evangelho a todos, também os portugueses saíram, e continuam a sair, para levar os tesouros da alma lusitana ao mundo; de entre essas pérolas está a fé em Cristo Senhor e Redentor e a sua Santa e Divina Mãe.

Finda a Eucaristia, que foi em ambiente campal, seguiu-se o almoço e convívio com toda a guarnição do NRP Zaire.

No início da tarde, a comitiva dirigiu-se até à localidade de Neves, a fim de visitar uma Instituição de Caridade, das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Com uma creche, um jardim de infância, uma escola e um ATL, as Religiosas oferecem também à comunidade local uma carpintaria, uma oficina de costura e um centro de formação profissional. E, com a colaboração de voluntários, sobretudo portugueses, são disponibilizadas consultas médicas.

O Ordinário Castrense continua assim a cumprir os objetivos que o levaram nesta Missão a S. Tomé: encontrar-se com os militares portugueses que se encontram a bordo do NRP Zaire em missão de paz no mar são tomense e contatar com a comunidade católica do Arquipélago.