A nível de uma celebração religiosa, D. Manuel Linda despediu-se da Força Aérea no local mais emblemático: o centro da sua inteligência e valores.

Foi na «comunhão pascal», a 23 de Março. No costumado auditório, compareceram o Comandante, GEN Paulo Mateus, o Comandante do Corpo de Alunos, os Comandantes das Instituições vizinhas, BA1 e Museu do Ar e, evidentemente, oficiais, sargentos, praças, civis. Lógico destaque para os Cadetes.

  1. Manuel Linda começou por referir a longa história de um bom relacionamento entre ele mesmo e esta AFA, especialmente pelo coro: este ajudou a rezar inúmeras vezes e nos mais diversos contextos. Mas foi no ano passado que, em Lourdes, na Peregrinação Militar Internacional, em conjunto com alguns elementos da Banda, mais cantou e encantou. O senhor bispo felicitou-os pela qualidade e agradeceu-lhes.

Na homilia, glosou uma passagem do Evangelhos que diz que o Senhor Ressuscitado «foi constituído juiz dos vivos e dos mortos»: “O juiz é o que confronta os actos com a norma e decide se eles lhe correspondem, e declara-os justos, ou se lhe opõem, e sanciona-os com penas. Se Jesus é juiz, procede da mesma forma. Mas qual é essa norma de confronto? É o amor por Ele pregado: amor a Deus e amor aos irmãos. Caros Cadetes, um Comandante não se impõe apenas pela força da assinatura da «ordem de serviço», mas sim pelo referencial de valores que lhe moldam a personalidade. Como futuros Comandantes, muni-vos desses mais nobres valores. Não daqueles que a sociedade hoje coloca no topo e amanhã despreza. Mas daqueles que não passam porque assentam no alicerce seguro que é Jesus Cristo”.

Depois do almoço, o GEN Paulo Mateus convidou o senhor bispo a assinar o livro de honra. No texto que lá deixou exarado, D. Manuel Linda referiu a ligação afectiva à Força Aérea, em grande parte porque também se ligou muito à sua Academia.