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No Pavilhão das Galeotas do Museu de Marinha, a 29 de Setembro, realizou-se a sessão de apresentação e lançamento da tese “João Paulo II – O compromisso pela paz”, de autoria de Comandante Francisco Piedade Vaz. A obra foi apresentada pelo orientador, Prof. Juan Ambrósio, e pelo Presidente da Caritas Portuguesa, Dr. Eugénio da Fonseca, já que foi esta quem a editou. Presentes muitos amigos do autor, mormente os Almirantes Director da Comissão Cultural da Marinha, Comandante Naval e vários antigos Chefes de Estado-Maior da Armada. D. Januário também marcou presença.

Este livro perpassa as mensagens do Papa S. João Paulo II para o Dia Mundial da Paz. Estas vinte e sete mensagens constituem um valioso património teológico, ético e cultural, um verdadeiro itinerário para uma vida de harmonia social, neste tempo tão ameaçado por conflitos disseminados um pouco por toda a parte. E, no seu conjunto, constituem um notável contributo para a educação para a paz.

D. Manuel Linda, que presidiu, ressaltou o “paradoxo” de uma sociedade ocidental que, a partir do «Século das Luzes», intentou retirar da sociedade qualquer referência à religião e, concretamente, à sua forma de se repensar e difundir: a teologia. E se é verdade que, numericamente falando, a fé católica não vive a sua época mais áurea, também é certo que, no que à teologia diz respeito, há hoje como que uma explosão de estudo e difusão. Sinal de que as pessoas se voltam para a segurança que não encontram em muitas outras instituições.

Neste contexto, afirmou: “Gradualmente, a partir de meados do século XX, os Papas foram recuperando a qualidade de referências éticas deste mundo instável. Hoje, o Vaticano é o radar do mundo. Não a ONU, por exemplo. É que esta Igreja, que não se ocupa com abstracções, mas sabe falar a linguagem que as pessoas entendem –a linguagem da misericórdia, da harmonia e da paz- esta «Igreja perita em humanidade», lembra à pessoa do nosso tempo que ou nos humanizamos ou nos animalizamos. E o resultado chama-se paz ou chama-se guerra e terrorismo. Nesta linha, ela que, ao longo da história, foi a instituição que mais cultivou a racionalidade, oferece o seu pensamento –a teologia- como contributo interdisciplinar para afrontar as enormes problemáticas com que o nosso mundo se debate. Que este, no seu próprio interesse, o não rejeite”.

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