Como próximos Comandantes, finalistas dos Estabelecimentos de Ensino Superior Militar e Policial foram os primeiros a realizar a «bênção das pastas».
“Senhor Bispo, vimos pedir-lhe que, em nome de Deus, abençoe as nossas pastas que representam todo o saber apreendido nestes anos de formação e que este gesto e bênção possibilite na nossa vida, hoje e no futuro, as maiores venturas nas nossas atividades profissionais que desejamos desempenhar com valor, honestidade e espírito de doação”, foi assim que, em uníssono, a 27 de Abril, os alunos da Escola Naval, Academia Militar (que forma os futuros oficiais do Exército e da Guarda Nacional Republicana), Academia da Força Aérea e Instituto de Ciências Policiais e Segurança Interna, se dirigiram a D. Manuel Linda no início da celebração da «bênção das fitas».
Já antes, na presença dos Comandantes destes Estabelecimentos de Ensino Superior Militar e Policial, o aluno mais antigo da AFA, Escola anfitriã, havia introduzido o espírito da celebração e saudado os seus camaradas com estas palavras: “Caros camaradas, a Academia da FA dá-vos as boas vindas a este encontro de finalistas, que quer ser, um encontro de amizade e camaradagem. Tivemos nestes anos de formação vários encontros onde construímos as nossas vidas sobre os alicerces dos valores militares. Agora, num futuro imediato, teremos que pôr em pratica tudo o que aprendemos nas nossas Escolas. Com elevação e justificada honra pessoal e institucional celebramos as esforçadas vitórias conseguidas ao termo da formação inicial e, apesar das incertezas futuras, queremos simbolicamente assinalar o termo dos cursos realizados com a celebração da bênção dos finalistas, a tradicional «bênção das pastas»”.
Nas palavras que lhes dirigiu, D. Manuel Linda agradeceu às Escolas o brilhante contributo para a formação destes servidores do bem comum e, aos alunos, admoestou: “Neste ano lectivo de 2016/17, em todo o Portugal, sois os primeiros alunos do ensino superior a realizar a bênção das pastas. E há aqui um valor simbólico: como próximos comandantes nos sectores que ides servir, tendes a missão de irdes à frente, adiante. E de irdes como «chefes». Aliás, o lema desta Escola lembra-nos exactamente isso: «Preparar hoje os chefes de amanhã». «Chefes», mas não ditadores. Para estes, mandar é fácil: só depende do seu estado de humor. Mas ser chefe numa sociedade livre e democrática supõe uma congregação de esforços, de vontades, de sensibilidades, em ordem à grande meta que é a do bem comum. Bem que é de toda a sociedade, mas sem vos esquecerdes de uma «descriminação positiva» dos pobres, dos mais fracos, dos que não podem competir, dos que a vida colocou nas «periferias»”.
No final, a Academia da Força Aérea ofereceu um excelente jantar a todos os finalistas que testemunhavam a alegria de quase haverem atingido o final dos cursos e pela acção de graças dirigida a Deus que lhes deu condições para o realizarem. E não faltaram os tradicionais «gritos», entoados com a força e a coragem típica dos jovens determinados.