É habitual: os militares da GNR costumam encher a basílica dos Mártires na celebração da «Missa de Natal». Este ano não foi excepção.

No seguimento de uma longa tradição, o Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana promoveu a celebração da «Missa de Natal», no passado dia 15 de Dezembro, naquela que, por amabilidade do Pároco, tem sido como que a «igreja da GNR»: a basílica dos Mártires, na Baixa de Lisboa. Este ano, pela primeira vez, o suporte dos cânticos esteve a cargo do conhecido e apreciadíssimo grupo de «cante alentejano», formado por Guardas dos Comandos Territoriais do Alentejo. Como habitualmente, dois militares, cuidadosamente vestidos à maneira da época, «deram corpo» às figuras de Nossa Senhora e de São José.

Na homilia, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança comentou o Evangelho do aparecimento do Anjo aos pastores, para afirmar: “O centro deste texto parece ser as palavras «alegria» e «Salvador» ou «salvação»: «Anuncio-vos uma grande alegria: nasceu-vos hoje um Salvador». Mas o que é a salvação? Se os pastores eram pobres, pobres ficaram; se as condições de vida eram difíceis, difíceis continuaram; se a Palestina estava ocupada pelo poder invasor dos romanos, ocupada permaneceu. Não obstante, tudo mudou nas suas vidas, a ponto de, depois de visitarem o Menino, regressarem às suas tarefas, cheios de alegria, «louvando e glorificando a Deus» por quanto lhes foi dado testemunhar. É que eles, implicitamente, descobriram o que é a salvação: é sentir a presença transformante de Deus nas nossas vidas, na certeza de que elas têm sentido. Um sentido que passa pelas duas vertentes mais especificamente humanas: espiritualidade que nos leva a dar «glória a Deus nas alturas» e a edificar uma civilização de «paz na terra aos homens a quem Deus ama»”.

Após os tradicionais cumprimentos à porta da basílica, o senhor bispo participou no almoço de Natal, então já com a presença da Ministra da Administração Interna.