A costumada “Missa de Natal” dos capelães militares aconteceu ontem, 9 de dezembro, na Igreja da Memória, Sé Catedral da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Presidiu D. Rui Valério, Bispo Castrense.


Na homilia, partindo da Liturgia do Dia, apresentou as três etapas do itinerário que nós somos convidados a percorrer até à luz que resplandece no Natal.
Em primeiro lugar a contemplação: somos desafiados por Isaías a assumir uma atitude contemplativa que nos vem do nosso olhar para o alto dos céus, para o esplendor das estrelas, para a imensidão do oceano, para a beleza da natureza, para a beleza dos gestos de tantas pessoas de boa vontade. Essa contemplação tem a capacidade de nos surpreender de nos maravilhar. mas o mais importante deste espírito contemplativo é quando passamos da contemplação das coisas, das criaturas, para a contemplação do Criador.
Em segundo lugar a etapa da espera: Deus, o Criador, manifesta a sua força, a sua grandeza, a sua omnipotência porque ama, porque vem partilhar essa força com cada um de nós, principalmente os que andam mais abatidos, mais fatigados. è um Deus que vem partilhar aquilo que Ele é. O ser-humano que n’ Ele espera, que n’Ele acredita é um vencedor.
A terceira etapa é a capacidade de fazer de cada momento, de cada experiência da vida um momento de encontro com Deus.
Do Evangelho, que falava de cansaço, de fadiga de abatimento, D. Rui aludiu às dificuldades que se vivem hoje devido à Pandemia revelando que o segredo do cristão é fazer destas experiências de dificuldade não um motivo de afastamento de Deus, mas sim de aproximação de Deus. Para isso a necessidade de se abrir o coração ao Espírito Santo.
 
Devido às circunstâncias especiais em que nos encontramos apenas uma pequena representação dos capelães se uniu ao prelado neste momento de oração. Estiveram presentes o Vigário Geral, pe. José Ilídio da Costa, o Capelão Adjunto para a Força Aérea, pe. Joaquim Martins, o Capelão Adjunto para a Guarda Nacional Republicana, pe. Arménio de Almeida, o Capelão da Igreja da Memória, pe. António Borges da Silva, o Capelão do RAAA1, pe. Fernando Monteiro, e o Diácono SCH Manuel Baltar do Serviço de Assistência Religiosa da Força Aérea.
 
No final da celebração, era costume que a alegria da Celebração Eucarística transbordasse para a mesa da refeição com a tradicional Ceia de Natal. Este ano não foi possível realizar este momento de convívio.