No gesto da imposição das Cinzas, com a presença de muitos Capelães, reflectiu-se no Amor que atrai.
O senhor bispo centrou a homilia no que se pretende com a quaresma: a sempre necessária conversão pessoal e social em ordem a uma maior adesão ao Deus Salvador. E referiu: “O nosso coração nunca está plenamente íntegro, purificado, sem mácula. Pelo contrário, o do nosso Deus é a plena harmonia, candura, perfeição. Ora, é este coração que nos atrai, pois somos seres que aspiram ao melhor, ao belo, ao íntegro. Então, viver a quaresma é precisamente deixar que o coração puro do nosso Deus cure as feridas de tanta desintegração do nosso; é permitir este sagrado contágio de quem quer dar plenitude de saúde moral a um coração por vezes tão fraco e periclitante”.
Para conseguir este objectivo, D. Manuel Linda referiu os meios habituais: oração mais intensa, algum sacrifício de auto-controlo, confissão e partilha de bens. Mas acrescentou mais um: a evangelização dos mais novos. Recuperando uma ideia já presente na mensagem quaresmal, acrescentou: “Mais que em qualquer outra, a nossa época não nos permite dar ao luxo de sermos bons sozinhos ou de tentarmos viver individualmente a nossa fé. Esta época reclama do discípulo de Cristo o testemunho e o anúncio empenhado, particularmente junto dos mais novos, precisamente porque, a este nível, são os mais carentes. Que ao fim de esta quaresma possamos dizer: ao longo dela, fui missionário e Deus coroou com êxito o meu trabalho de evangelização!”.