D. Rui Valério pede primazia do ser humano face a «cultura do descarte»

Mafra, 25 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança defendeu hoje em Mafra o “primado do ser humano” numa sociedade que está marcada pela “cultura do descarte” e a indiferença.

“O Natal com toda a carga de humildade e sabedoria de serviço que carrega põe em crise esta nossa sociedade do bem-estar, do individualismo e da indiferença”, declarou D. Rui Valério, na celebração a que presidiu na Basílica de Mafra, na solenidade do Natal do Senhor.

O responsável católico apelou à contemplação do “Mistério do Natal”, no qual se mostra “quanto é grande o ser humano, o quanto nele Deus deposita a sua esperança”.

“Do coração do Mistério que hoje celebramos brota forte um grito: nenhum ser à face da terra é tão belo como o ser humano; nenhum detém um valor tão supremo; a sua dignidade é sagrada e a sua vida santificada”, sustentou.

D. Rui Valério falou da proximidade de Deus que se celebra no “Menino do Presépio” e da possibilidade que se abriu para que cada pessoa viva a sua vida “como Filho de Deus”.

“Deus diz-se numa Criança; que nos atrai a Si, suscita docilidade, promove proximidade. E esclareceu igualmente o Homem ao homem: o outro é sempre um irmão”, apontou.

O responsável pelo Ordinariato Castrense sublinhou ainda que, no Natal, se mostra um Deus que quer “habitar as periferias” humanas.

“O principal caminho que o Deus-Menino nos mostra é o modo de viver a condição e situação humana como filhos de Deus. E qual é essa maneira? Dando-se, entregando-se, fazendo-se pequeno, último”, disse, numa iintervenção enviada à Agência ECCLESIA.

OC (Ecclesia)