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No âmbito do seu 149º aniversário, a Polícia de Segurança Pública celebrou a costumada Eucaristia de acção de graças, sufrágio e intercessão. Em Belas, na capela do Padroeiro, S. Miguel Arcanjo.

A 4 de Julho, a Direcção Nacional, os Comandos Distritais e os vários Departamentos e Serviços que constituem a Polícia de Segurança Pública reuniram-se em assembleia religiosa para agradecer a Deus o imenso bem que, ao longos destes cento e quarenta e nove anos de vida, tem chegado à sociedade portuguesa por seu intermédio e pedir a graça da fidelidade aos valores da segurança, da liberdade e da paz. E também para sufragar as almas dos já caídos e elevar orações pelos que se encontram mais fragilizados: doentes, detidos, agentes com problemas familiares ou de outro género, etc. A Missa foi celebrada na bela capela de São Miguel Arcanjo, Patrono da PSP, na Quinta das Águas Livres, em Belas (Sintra).

Na homilia, D. Manuel Linda, que presidiu, acompanhado pelo P. Fanha, para já, único capelão de toda a PSP, centrou-se na especificidade do trabalho que a Polícia desempenha: se até o de um pedreiro que martela a pedra pode e deve ser feito com amor, muito mais o de um polícia, que lida com as pessoas concretas que constituem a sociedade, tem de provir de um coração sensível e humano. Para isso, a dimensão religiosa contribui muito, já que, para usar a expressão bíblica, ela abre a porta para que Deus nos habite e transforme “o nosso coração de pedra num coração de carne”.

Como, nesse dia se celebrava a memória litúrgica da Rainha Santa Isabel, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança apresentou-a como “mãe de uma certa faceta da alma portuguesa, esse jeito de conciliar intimidade com Deus com acções de alto mérito social, de que as Misericórdias constituem forte exemplo. Mulher mística, actuou gestos de caridade porque o seu coração estava inflamado no amor de Deus e do seu povo. Assim deve ser o coração de um polícia: se tocado pelo amor de Deus, a forma de exercer a sua actividade exprime um forte cunho de humanismo e de fraternidade, pois vê no outro um verdadeiro irmão. E isto é absolutamente indispensável para quem, por vezes, tem de lidar com tanto mal e tanto crime: mesmo nestes casos, é preciso deter o criminoso, mas reconhecendo que ele continua possuidor da dignidade humana”.

O canto desta Eucaristia foi suportado por um novo e promissor grupo coral de polícias de Lisboa, quase todos ligados ao COMETLIS.

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