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De acordo com a sua preocupação de conhecer os homens e as mulheres que pertencem ao seu «rebanho», D. Manuel Linda visitou os militaresde Lamego.

A convite do seu Comandante, COR Correia Lima, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, acompanhado pelo Capelão Adjunto para o Exército, visitou os militares do Centro de Tropas de Operações Especiais, Unidade de Formação e Operacional de tropas de elite, sediada em Lamego. Foi a 28 de Novembro.

Recebidos à porta de armas pelo Comandante e Adjunto, o Sar-Mor Loureiro dos Santos, D. Manuel Linda participou na «homenagem aos mortos», mediante oração e deposição de uma coroa de flores no monumento que lhes é dedicado e, num bem preparado «briefing», inteirou-se da vida e missão desta Unidade perfeitamente identificada com as gentes e a história de Lamego. Procedeu a uma visita ao edifício do antigo Convento de Santa Cruz e à sua igreja e inteirou-se do projecto de manutenção e construção da futura Messe de Praças, bem como das novas instalações previstas para o Polo de Penude.

De seguida, a comitiva partiu para o aquartelamento de Penude. Na carreira de tiro, um Grupo fez uma demonstração das possibilidades desta tropa, chamada a intervir em condições particularmente difíceis. No pavilhão, visitou, também, uma exposição do mais moderno material bélico, armamento caro, mas absolutamente indispensável neste mundo conturbado em que a própria noção de «guerra» passou dos esquemas clássicos ao mais bárbaro terrorismo e atentados que, quase sempre e fundamentalmente, vitimam civis indefesos.

Após esta visita ao material e com a tropa toda formada, D. Manuel Linda dirigiu a palavra aos militares, lembrando-lhes, em tom de bom humor, que o bispo deve rezar e apelar à oração, mas que, desta vez, não vinha fazer isso: a sua vida também engloba outros aspectos, concretamente o incentivo dos que fazem o bem, para que não desanimem. E referiu: “Hoje já ouvi falar muito em humildade e dedicação. O vosso Comandante disse-me que não passais o dia a olhar para o relógio, à espera da hora da saída, mas que, pelo contrário, vos dedicais de corpo e alma à formação e às tarefas que a vossa condição de força de elite reclama. Agradeço-vos, cordialmente. E creio que o posso fazer em nome de tantos outros portugueses que, mesmo sem o saberem, têm em vós verdadeiros anjos da guarda, especialmente naquelas circunstâncias que reclamam resgate, fuga protegida ou imobilização de agentes terroristas. Como «paga», peço a Nossa Senhora dos Remédios que obtenha de Jesus muita graça e muitas felicidades para cada um de vós, vossas famílias e quantos vos são queridos”.

A visita terminou com o almoço e a promessa de o senhor bispo lá voltar para presidir à «Comunhão Pascal».