Integrada na celebração do seu «Dia», decorreu, na Co-Catedral de Castelo Branco, a celebração da Missa de acção de graças e de sufrágio pelos que ligaram a sua vida à Força Aérea.

Presidiu D. Manuel Linda e concelebraram todos os capelães em serviço neste Ramo. O canto foi assegurado pelo Coro da Academia da Força Aérea e eram dela, também, os acólitos, leitores e o terno de clarins. Presentes o General CEMFA, o Presidente da Câmara local e outras entidades, representantes da Marinha e do Exército, militares da Força Aérea de todas as patentes e muitíssimos civis que lotaram, por completo, este belo templo.

Comentando as leituras do Domingo, D. Manuel Linda desenvolveu o tema da virtude do acolhimento, tão presente na Bíblia. Dirigindo-se especificamente aos militares da Força Aérea, disse-lhes: “Alegro-me por cumprirdes, institucional e convictamente, os grandes valores que se interligam com o acolhimento. Permiti que destaque três: o outro como centro de gravidade, pois não existis para vos defenderdes a vós próprios, mas sim à comunidade nacional; a renúncia à própria zona de conforto –em linguagem ética: ao egoísmo- já que podeis ser chamados a qualquer momento para as mais difíceis missões, em Portugal e no estrangeiro; a preferência pelos mais necessitados –em linguagem religiosa: opção preferencial pelos pobres- porquanto, mesmo com sacrifício da vossa própria vida, participais em acções de busca e salvamento, em transporte de órgãos, em evacuações, etc., algo que vos coloca do lado dos mais débeis dos débeis. E o número, há pouco referido, das 3.569 vidas salvas, demonstra bem quanto a vossa acção pode ser de natureza quase religiosa. Parabéns! E não vos esqueçais de uma coisa: acolhei Deus nas vossas vidas, porque só Ele mostra verdadeiramente como se acolhem os outros”.

Esta Eucaristia foi transmitida pela televisão e, pelos testemunhos recolhidos, constituiu uma excelente forma de a Força Aérea se dar a conhecer e tornar admirada pelos valores que defende e promove.