O Natal convoca-nos para uma específica sensibilidade para com quem mais sofre. É o caso dos presos. E no âmbito militar também existem.
Acompanhado pelo Capelão Adjunto para o Exército, P. Jorge Matos, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança visitou os detidos no Estabelecimento Prisional Militar, de Tomar, bem como os militares que constituem a guarnição desta Unidade. Recebido pelo novo Comandante, TCor Mota Pereira, o senhor Bispo recebeu os cumprimentos de uma delegação de oficiais, sargentos e praças representantes de todos os militares. Desejou-lhes boas festas, mostrou solidariedade para com quem vai ter de passar o Natal e o ano novo de serviço e referiu que também se preocupa com eles: “Quando se fala em prisões, quase sempre se pensa somente nos detidos. É verdade que são eles quem mais sofre. Não obstante, os guardas prisionais e, neste caso, vós, os colocados neste EPM, também não tendes a vida fácil, quer porque sois obrigados a cumprir minuciosamente normas específicas, quer porque, de algum modo, também absorveis as problemáticas e as dores dos detidos. Venho aqui, pois, para trazer uma palavra de ânimo, de esperança e de simpatia a todos: aos que se encontram do lado de dentro das grades, mas também a vós que lidais com eles. Só vos peço que nunca vos esqueçais de que estais ao serviço de pessoas que, não obstante os eventuais actos ilícitos, são pessoas e não perderam a dignidade que nos obriga ao máximo respeito”. E, a pedido do Comandante, assinou o Livro de Honra.
De seguida, reuniu com todos os detidos. E deixou claro que não vinha fazer qualquer discurso, mas somente conviver e ouvir. E foi, de facto, em clima de muita confiança mútua que detidos e bispo dialogaram sobre os assuntos que os preocupam e, fundamentalmente, sobre as suas famílias. O senhor bispo despediu-se de cada um com um abraço.