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Com a «arte« de bem receber, tão típica dos militares, o Polo do Porto do HFAR acolheu calorosamente a imagem da Mãe de Deus

Na vida, quase tudo é mediado. Para a nossa própria existência, Deus serve-se do contributo de um homem e de uma mulher aos quais chamamos pai e mãe. Eu próprio, para me confessar, preciso da mediação de um sacerdote. O mesmo acontece no campo da fé: Deus que procura a humanidade, serve-se dos Patriarcas, dos Profetas e de outras grandes figuras. Mas, na plenitude dos tempos, quando faz habitação connosco no Seu Filho Jesus Cristo, é por intermédio de Maria de Nazaré que chega ao mundo. Também hoje, quando pedimos a Nossa Senhora o dom da saúde ou outra graça, não há «concorrência» com os médicos ou com o sector da medicina: sem excluir que Deus possa fazer milagres, o que acontece é que Deus usa a sabedoria e a generosa dedicação do pessoal da saúde, os produtos farmacêuticos e as tecnologias para conceder essa graça que se Lhe pede. Por isso, esta imagem não entra neste Hospital para competir com ninguém, mas para atender as preces dos débeis e comprometer ainda mais o pessoal hospitalar no seu já grande empenho e generosidade”, afirmou D. Manuel Linda na homilia da Missa por altura da recepção da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima no Pólo do Porto do Hospital das Forças Armadas.

No átrio do edifício neoclássico, em improvisada capela, concentrou-se uma numerosa assembleia com doentes e pessoal técnico de todos os sectores do HFAR/Porto. Institucionalmente, marcaram presença: TGen Sílvio Sampaio, em representação de Sua Excelência o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas; Cor Bento Soares, representante do General Ajudante-General do Exército; Director do Serviço de Saúde Militar, MGen José Maria Duarte; Director do HFAR, CAlm Albuquerque e Sousa; Director do HFAR/Pólo do Porto, Cor António Correia; Comandante do Regimento de Transmissões, Cor Carlos Ribeiro; Director do Museu Militar do Porto, Cor Carlos Andrade; Comandante da Unidade de Apoio do Comando de Pessoal, Cor Valdemar Lima; Subdirector da DARH, Cor Jorge Brito; Adjunto do General AGE, TCor Carlos Saraiva; etc..

O Coro da Banda Militar do Porto assegurou os cânticos litúrgicos e a Fanfarra do Exército, do Destacamento de Coimbra, executou os tradicionais toques de memória dos defuntos. Elementos da Polícia do Exército transportaram o andor de Nossa Senhora. À Chegada, o Director do HFAR/Porto, em representação do pessoal técnico, e uma doente, em nome dos utentes, depuseram junto de Nossa Senhora duas rosas brancas. No final da celebração, pela primeira vez, foi executado o hino deste HFAR/Porto, cuja letra remete para a esperança e para o combate a esse mal que é a doença. Tudo isto tornou esta jornada verdadeiramente memorável, página indelével para a história do Pólo do Porto do HFAR.

Destaque para a presença de Sua Ex.cia Rev.ma o senhor D. António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto, que deixou uma mensagem de simpatia e proximidade afectiva por parte da Diocese do Porto.

Antes da chegada da imagem peregrina, acompanhado pelo Chefe do Serviço de Suporte, TCor Carlos Marques, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança visitou a capela e as instalações do capelão, agora completamente restauradas, e reuniu com o Conselho Pastoral.

É capelão do HFAR/Porto o P. Paulo Carmo.

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