A 7 de Novembro, a vetusta Sé do Porto encheu para a Missa de sufrágio pelos militares e polícias já falecidos.

Este ano, a organização coube à Guarda Nacional Republicana e ao seu Capelão do Norte, P. Arménio Almeida. Uma verdadeira multidão de fiéis, proveniente de todos os Ramos das Forças Armadas, incluindo a Autoridade Marítima Nacional, das duas Forças de Segurança, com os seus actuais e antigos Comandantes à frente e da Liga dos Combatentes, ocupou a totalidade dos bancos desta igreja. Era da GNR a guarda de honra ao altar, bem como o excelente coro e instrumental e o terno de clarins. Os distintos guiões dispuseram-se na capela-mor. Concelebraram com o senhor bispo os capelães Adjuntos e os capelães do Norte, bem como o responsável pela Sé, Cón. Amadeu.

D. Manuel Linda sublinhou a sua vontade de estender ao Norte as grandes celebrações que já se realizam em Lisboa. Concretamente uma por alturas da Páscoa e esta dos Fiéis Defuntos, que diz tanto à religiosidade popular e, ainda mais aos militares e polícias, habituados a um forte entrosamento laboral com os seus camaradas, o denominado «espírito de corpo».

A propósito desta celebração propriamente dita, ressaltou a necessidade de «resgatar» os defuntos do esquecimento. E frisou: “A nossa sociedade esquece. E esquece «voluntariamente». Doutra forma, não se compreenderiam, por exemplo, as dezenas ou centenas de pessoas abandonadas nos hospitais por filhos e outros familiares que dão moradas falsas para não virem a ser importunados com esses «pesos». Se assim «esquece» os vivos, certamente muito mais o fará com os mortos. Mas, na sua pedagogia, a Igreja vem lembrar-nos que fica bem uma flor sobre a sua sepultura, um gesto de agradecimento e até uma lágrima derramada. Mas é muito melhor uma oração balbuciada, uma grande celebração, como esta, que exprime fé, saudade e intercessão pelos nossos defuntos: Deus os receba no seu reino. É esta oração que sempre teremos presente no nosso espírito”.

Pelo teor dos comentários, as Forças Armadas e as Forças de Segurança do Norte comprometem-se com esta celebração, organizada de maneira rotativa.