04 jun, 2019 – 15:24 • Ana Rodrigues Redação

O arcebispo Rino Passigato recebeu a Cruz de São Jorge, que representa coragem, mas também atenção pelos homens.

O arcebispo Rino Passigato foi condecorado pelas Forças Armadas com a Cruz de São Jorge. Foto: Ricardo Fortunato/RR
O arcebispo Rino Passigato foi condecorado pelas Forças Armadas com a Cruz de São Jorge. Foto: Ricardo Fortunato/RR

O núncio apostólico em Portugal, arcebispo Rino Passigato foi condecorado esta terça-feira no Estado-Maior General das Forças Armadas.

O representante do Papa em Portugal recebeu a Cruz de São Jorge em sinal do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido junto das Forças Armadas e de Segurança, como referiu à Renascença o almirante Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

“O Sr. D. Rino foi decisivo na estruturação do Ordinariato Castrense. Teve um papel muito interventivo na fixação de um clero próprio e na nomeação dos dois bispos D. Manuel Linda e D. Manuel Valério. Mas, para além disso, a sua intervenção foi muito mais abrangente na medida em que foi, durante os oito anos em que esteve em Portugal, um embaixador da Santa Sé muito atento ao que se passava neste país e também nas Forças Armadas.”

Esta condecoração só pode ser imposta pelo Chefe do Estado-Maior, como explica o almirante. “A Cruz de São Jorge é o símbolo do Estado-Maior General das Forças Armadas. Nós temos patronos e muitos deles são santos. São Jorge foi escolhido há muitos anos para ser a medalha privativa do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. Simboliza a coragem, mas também a atenção para com os homens”, diz, acrescentando que a homenagem é mais que justa.

Já com a Cruz de São Jorge colocada ao pescoço, Rino Passigato reconheceu a importância da relação de proximidade entre a Igreja e as Forças Armadas e de Segurança. “Aceitei como um sinal de proximidade que foi a realidade que se exprimiu na nossa relação mútua, minha como representante da Santa Sé e de todas as hierarquias das Forças Armadas e de Segurança, sobretudo no que se refere às nomeações dos novos ordinários castrenses, D. Manuel Linda, primeiro, em 2013 e no ano passado o D. Rui Valério, mais recentemente.”

“Foi um empenho que tomei e que parte da convicção da importância do ordinariato castrense”, diz.

O núncio apostólico termina a sua missão em Portugal em julho e já admite que a passagem por Portugal foi a concretização de um sonho.

https://rr.sapo.pt/noticia/153708/nuncio-apostolico-recebe-condecoracao-das-forcas-armadas