Nesta manhã de Quarta-feira Santa, dia 31 de março, os capelães do Ordinariato Castrense reuniram-se com o seu Bispo Sr. Dom Rui Valério, para assinalar o dia em que o Ordinariato habitualmente celebra a sua “Missa Crismal”.

Este ano, consideradas as limitações a que estamos sujeitos em virtude da pandemia que estamos a viver, não foi possível celebrar a Missa Crismal presencialmente. No entanto, foi de todo oportuno que os capelães se reunissem em torno do seu pastor como sinal visível da missão partilhada junto das Forças Armadas e das Forças de Segurança.

O encontro decorreu online e iniciou-se com a oração da hora intermédia presidida pelo Sr. Bispo D. Rui Valério. Seguiu-se um momento de reflexão com uma palestra do Aspirante Pe. Joaquim Costa, scj, recentemente incorporado no grupo de capelães, juntamente com Pe. Micael Silva.

O Aspirante Pe. Joaquim Costa procurou trazer até junto dos capelães as interpelações do mundo para que juntos possam levar ao mundo as respostas de Deus, a resposta do Cristo Ressuscitado. A reflexão teve como ponto de partida a provocação de um mundo onde Deus parece não ser necessário e no qual o homem se faz de si próprio. A resposta a uma sociedade onde Deus não tem lugar encontra-se na celebração do próprio mistério da Páscoa no qual Cristo toca a nossa humanidade: dá-se como alimento ao instituir a Eucaristia (Quinta-feira Santa); entrega-se por nós (Sexta-feira Santa); e abre-nos a porta da vida plena (Domingo de Páscoa). Neste contexto, a fraternidade apresenta-se como dom da relação sobrenatural de Deus com o homem que nos permite “sonhar juntos” (Fratelli Tutti nº 8). A consciência da fraternidade universal apresenta-se como a “vacina espiritual para esta pandemia” como nos disse o D. Rui Valério.

Depois deste momento de reflexão os capelães apresentaram o balanço das atividades decorridas e perspetivaram as iniciativas a tomar para continuar a cumprir a missão que nos foi confiada. Cada um dos ramos das Forças Armadas, Marinha, Exército e Força Aérea, bem como os capelães responsáveis pela assistência religiosa à GNR e à PSP evidenciaram a necessidade dos capelães neste contexto de pandemia, deu-se particular importância ao trabalho que foi feito nos hospitais militares e na assistência a todos os militares e membros das forças de segurança que foram afetados pelo COVID-19.

O Sr. Dom Rui Valério conclui este encontro online exortando os capelães a serem o rosto do ressuscitado que se faz presente nos tempos atribulados que atravessamos, lembrando que a pedra do sepulcro não é um ponto final, mas a porta que se abre para a vida plena de sentido.

Uma Santa Páscoa!

Pe. Joaquim Costa, scj,