A Escola dos Serviços (ES), conhecida como o “Quartel da Póvoa”, realizou a sua tradicional Festa de Natal no dia 19 de dezembro, na qual participaram os militares da Unidade e suas respetivas famílias.
O dia começou com a apresentação de Boas Festas ao Ex.mo Comandante, no museu da Escola, momento em que estiveram presentes Oficiais, Sargentos Praças e Funcionários Civis.
Como é apanágio da época Natalícia, as crianças receberam atenções especiais, daí que, para elas, foram preparadas diversas atividades.
Por volta das 18h, nos Salões de Catequese da paróquia de Amorim, e com a presença do Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, o Prior da Paróquia da Matriz e delegado da Pastoral Sócio Caritativa, padre Torres, bem como a totalidade das 12 Conferências Vicentinas do Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim, das paróquias Matriz da Póvoa de Varzim, São José, Lapa, Estela, Rates, Amorim, Argivai, Matriz de Vila do Conde, Senhora de Fátima de Vila do Conde, Junqueira, Bagunte e Caxinas, foram doadas, a todas elas, uma grande quantidade de géneros alimentares, angariada pelos militares daquela Unidade Povense.
Estas Conferências Vicentinas apoiam 324 famílias, num total de 923 pessoas. Neste encontro, recebidos pelo pároco de Amorim e capelão militar da Escola dos Serviços, foi dirigida uma palavra pelo Sr. Arcebispo, enaltecendo a dádiva e enorme generosidade do quartel da Póvoa, bem como a atenção de todas estas comunidades aos mais pobres, terminando com uma oração pedindo a Deus por todos quantos exercem este serviço e por todos quantos são apoiados.
Após a palavra do Sr. Arcebispo, o padre Torres realçou a necessidade da formação e espiritualidade de quantos prestam este serviço anunciando Ações de Formação a realizar no futuro.
No final o Ex.mo Comandante referiu a alegria que a Escola sente com esta possibilidade de se abrir à comunidade e poder, com estas iniciativas, melhorar o Natal dos mais necessitados, salientando que a mesma é uma Unidade Militar de portas abertas e atenta às necessidades da sociedade onde está inserida.
Após as suas palavras fez questão de entregar uma lembrança ao Sr. Arcebispo, agradecendo o facto de se ter associado a esta atividade.
Em seguida, na Igreja Paroquial de Amorim, foi celebrada a Eucaristia de Natal. Na mesma, o padre Guilherme, capelão da ES, inspirado nas palavras do Papa Francisco na Audiência Geral durante a manhã do mesmo dia, no Vaticano, a todos desafiou a “não mundanizar o Natal, a pensarmos que festa que agrada a Deus? De que Natal ele gostaria? Quais os presentes e surpresas? Não será Natal se procurarmos o brilho cintilante do mundo, se nos enchermos de presentes, almoços e jantares, mas não ajudarmos pelo menos um pobre que se assemelha Deus, porque no Natal Deus veio pobre ao mundo.”
A Cerimónia foi animada pelo coro dos Pequenos Cantores de Amorim e Laúndos, que, no final, presenteou todos os presentes com um pequeno concerto de Natal.
Os votos de Natal do Ex.mo Comandante, Cor. Armando Rei Ferreira, lembrando os militares da Escola em missão na RCA, seguida pela bênção da mesa, de quantos organizaram, prepararam e serviram o jantar, por parte do Capelão, deram início à tradicional “Ceia de Natal”, preparada pelos militares da casa.
Não faltou o som da concertina, tocada por um militar da casa, e os cantares ao desafio, num momento de descontração e muita alegria, de um modo especial estampada no rosto dos mais novos.
ORIGEM DA SOCIEDADE DE S. VICENTE DE PAULO (CONFERÊNCIAS VICENTINAS)
Em 1833, Frederico Ozanam, com 20 anos de idade, estudava em Paris. Era um jovem como qualquer outro. Com amigos igualmente jovens, tomaram a decisão de se dar, servindo os mais pobres. Isto porquê? Porque sentiram a necessidade de dar testemunho da sua fé cristã mais por actos do que por palavras. Consideravam seus irmãos todos quantos precisassem da sua ajuda, sem distinção de raça cor ou credo. Viam neles a imagem de Cristo sofredor. Amavam-nos como homens e como filhos de Deus, reconhecendo neles a falta de dignidade dos poderosos. Entenderam que nem sempre é possível a justiça neste mundo, mas quiseram ao menos fazer o que deles, simples estudantes, dependia: dar, pessoalmente o que o mais pobre pode dar: a partilhado seu tempo. E assim começa a Sociedade de S. Vicente de Paulo. O ponto fulcral desta sociedade, foi o grupo procurar compreender os pobres e, fazerem-se pobres como eles.