O decreto de D. Manuel Linda de 3 de Junho de 2017, que declarava São Francisco de Assis como Patrono dos Médicos Veterinários Militares e das Forças de Segurança, foi agora confirmado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Santa Sé.
O Documento, assinado pelo Prefeito desta Congregação, o Cardeal Robert Sarah, foi-nos hoje, dia da memória de São Francisco de Assis, dado a conhecer.
São Francisco de Assis nasceu em Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182. Era filho de Joana e Pedro Bernardone Maricone, rico e conceituado comerciante de tecidos de Assis. Estudou na escola Episcopal.
Depois de uma vida de festas e luxo Francisco questiona-se: “Como pode haver tanta injustiça, tanto luxo, ao lado de tanta pobreza?”.
Conta-se que em 1206, enquanto rezava na capela de São Damião, Francisco ouviu de Deus as seguintes palavras: “Vai, Francisco, e restaura a Minha Casa!”. Imaginando tratar-se de reconstruir a Capela, volta para casa, vende boa parte dos tecidos do pai, e entrega-se ao serviço de Deus e dos miseráveis. Em 1208, compreende o verdadeiro sentido da mensagem: restaurar a igreja como instituição, uma vez que ela se tinha desviado dos ensinamentos de Cristo e vivia cercada de opulência. Faz votos de pobreza e começa a pregar sua doutrina.
Francisco de Assis, decidido a cumprir as Escrituras Sagradas, passa a viver voltado apenas para o espírito. Seus sermões eram cada vez mais frequentados, sua fama vai se espalhando e aos poucos começa a ter seguidores, dispostos a formar uma nova ordem religiosa. Em 1208, pede autorização ao papa para fundar uma irmandade mendicante. Em 1219 estava fundada a “Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis”.
Em 1215, no intuito de resguardar a autoridade papal, o Concílio de Latrão reconhece a “Ordem dos irmãos Menores de Assis”. O Cardeal Ugolino é designado “protetor” da Ordem. Francisco consente dividir os seus discípulos em dois grupos para ir em peregrinação pelo mundo.
Em 1220, volta para a Itália e depara-se com uma cisão no movimento. Alguns discípulos, pressionados por Ugolino, preconizam uma reforma, com novas “regras”, menos severas quanto ao voto de pobreza. Em 1221, Assis apresenta um texto com a nova “Regra” para a Ordem: “Observar o Santo Evangelho, viver da obediência, da castidade e não possuir absolutamente nada, e só dividir a pobreza”. O texto é recusado pelo cardeal Ugolino. Em 1223, o texto é retocado e finalmente aceite pelo Papa Honório III. Os franciscanos perdem muito dos traços que os distinguiam.
Em 1224, desapontado e doente, Francisco de Assis é obrigado a moderar suas atividades. Nesse mesmo ano renuncia à direção efetiva da irmandade que criara, e em companhia dos discípulos parte em direção à floresta, para viver em contato com a natureza. Conta-se que na floresta, em sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam em seus ombros. Certo dia enquanto rezava desceu do céu um Serafim de asas resplandecentes, trazendo nos braços uma cruz. Quando a imagem desaparece, Francisco percebe marcas de sangue nas mãos e pés, como se tivessem sido atravessados por pregos. Doente, Francisco implora que o levem para Assis, onde quer morrer.
São Francisco de Assis faleceu assistido pelos discípulos, em Assis, Itália, no dia 3 de outubro de 1226. Dois anos depois de sua morte, é canonizado pelo papa Gregório IX.
Conhecido como o protetor dos animais, São Francisco de Assis é agora o Patrono dos Médicos Veterinários Militares e das Forças de Segurança.