No âmbito da visita que o Senhor Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança, D. Rui Valério, está a realizar a São Tomé e Príncipe, este terceiro dia foi dedicado ao contacto com a Guarda Costeira deste país e ao encontro com a Guarnição do NRP Zaire a quem apresentou fortes saudações de Portugal e entregou a Imagem de «Nossa Senhora do Mar». Que a Boa Mãe e Protetora acompanhe e proteja os nossos Militares e permita que chegue a bom porto o projeto que estão a desenvolver.

Sendo certo que um dos objetivos da presença dos Militares portugueses é cooperar com a Guarda Costeira são-tomense e apoiar na sua formação, bem depressa nos apercebemos que a cooperação entre os dois países (Portugal – São Tomé e Príncipe) é muito mais ampla e desenvolve-se, essencialmente, a três níveis.

Em primeiro lugar, a nível de segurança marítima: a presença portuguesa nesta área do Golfo da Guiné é, de facto, um elemento dissuasor.

Em segundo lugar, é uma presença que contribui para o desenvolvimento económico deste país, não só porque garante a segurança a nível do turismo e de outros eventuais investimentos, mas também porque os nossos Militares prestam um precioso auxilio aos pescadores locais, os quais desenvolvem uma das principais atividades regionais que é a pesca.

Em terceiro lugar, a cooperação realiza-se a nível da Formação, com o objetivo de são Tomé e Príncipe vir a dispor de uma Guardas Costeiras com os mais elevados graus de desenvolvimento desta orla africana.

Por fim, salientar o quanto é óbvia a semelhança entre os dois países, a nível dos alicerces sobre os quais edificam a sua identidade como nação. Em ambos, há um forte sentido do Transcendente que se traduz numa intensa vida de fé, com uma significativa vivência de Igreja. Em suma, são povos com uma altíssima disponibilidade para a solidariedade e para a hospitalidade.