Porto, 8 de Outubro de 2025 — O Hospital das Forças Armadas – Polo do Porto (HFAR-PP) recebeu hoje a visita do D. Sérgio Dinis, Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança de Portugal.

A jornada, marcada por momentos de fé e reconhecimento, sublinhou a centralidade da misericórdia e do serviço na missão hospitalar.

A visita de D. Sérgio Dinis iniciou-se pela manhã com a apresentação de cumprimentos à Direção do HFAR-PP, seguida de um percurso pelas instalações que permitiu ao Bispo contactar de perto com a realidade e os profissionais da Unidade.

O ponto alto da visita foi a celebração da Missa no Salão Nobre, presidida pelo Bispo do Ordinariato Castrense. A cerimónia contou com a presença do Diretor do HFAR, Brigadeiro-General José Monge, do Subdiretor, Coronel António Moura, de membros do Corpo Clínico, do Reverendo Capelão Micael, e de Oficiais, Sargentos, Praças e Civis que servem e trabalham na instituição.

Na Celebração, na qual uma militar do Regimento de Transmissões recebeu o Sacramento da Confirmação, D. Sérgio Dinis, na sua Homilia, centrou a reflexão na misericórdia divina, espelhada no Livro de Jonas e na parábola do Bom Samaritano. Referindo-se à irritação do profeta perante a bondade de Deus, o Bispo proferiu uma das frases mais marcantes do dia: «Tu tens pena do rícino… e Eu não devia ter pena de Nínive?».

Aplicando a mensagem ao contexto hospitalar, D. Sérgio Dinis afirmou que, no HFAR-PP, a pergunta de Deus ganha corpo e história:

“Aqui, todos os dias, a misericórdia de Deus tem mãos humanas. Aqui, a compaixão toma forma no olhar atento de um médico, na escuta paciente de um enfermeiro, na delicadeza de quem se inclina para aliviar a dor.”

O Bispo enalteceu a dedicação dos profissionais, sublinhando que o serviço às Forças Armadas se mede também em cuidado, e não apenas em coragem.

Recordou a frase que resume a vocação hospitalar: “Aqui não há inimigos, apenas doentes.”

A Homilia abordou ainda o tema da oração, focando no Pai-Nosso. D. Sérgio Dinis realçou que é na fragilidade da doença que se descobre que “não somos donos da vida”, mas é aí que a ternura de Deus começa.

Citando o Papa Francisco, o Bispo lembrou que “a cama de um doente pode transformar-se num lugar santo” e que cada profissional de saúde tem a missão de ser sinal do cuidado divino, pois “cuidar é um verbo divino.”

A celebração foi também um louvor a todos os que, ao longo dos 163 anos de história do hospital, transformam o sofrimento em “lugar de encontro com Deus”.

Após a Missa e o almoço, a visita culminou com a Assinatura do Livro de Honra na Direção do HFAR-PP, deixando um legado de conforto espiritual e uma renovada valorização do serviço humanitário prestado pela instituição.